“Freedom of Expression, Freedom of Knowledge: Threats and Opportunities”, uma mesa redonda do Futureplaces, reuniu, esta quinta-feira, no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto – UPTEC, público e oradores num conceito que já é familiar em 2014: discutir a liberdade e todas as suas variantes. Jillian York, acompanhada por Sara Moreira, Len Massey e Heitor Alvelos, funcionou como moderadora de um “debate” onde a palavra não era exclusividade dos quatro oradores. O público foi também convidado a intervir.

O ponto de partida para cada um dos oradores iniciar a sua intervenção era: “O que estás a pensar nesta manhã?”. Sara Moreira começou por destacar a sessão de abertura de Jillian York no dia anterior, sobre a proteção de dados pessoais, enquanto que Heitor Alvelos focou a necessidade de as pessoas estarem cada vez mais sensibilizadas para a causa da privacidade. A procura e a constante utilização de dados pelos Governos, inclusive, pelo Governo de Portugal, revelaram-se questões perturbantes, na opinião de Alvelos.

Política e música, lado a lado na liberdade

Len Massey encontrou na música e na política dois exemplos para refletir a liberdade. O artista visual realçou o facto de muitos músicos não desejarem ver as suas obras partilhadas de forma massiva e de não existir qualquer problema nessa atitude. Heitor Alvelos acrescentou que existem “comunidades muito éticas” na Internet, que fazem questão de não ver a sua música partilhada.

No campo da política, Massey realçou o recente referendo da Escócia, em que as estratégias do Governo fizeram com que desejasse a independência. Muito embora, enquanto escocês, se sentisse britânico.

Sentido de comunidade em 2014

Tanto Jillian York como Sara Moreira, com o exemplo da Catalunha, destacaram o conceito de comunidade enquanto solução para o crescente individualismo da atualidade. Alvelos acredita que a Internet uniu pessoas, no entanto salienta que a comunidade é hoje representada através dos eventos nas redes sociais. Uma das perguntas lançadas acabou por resumir, assim, toda a sessão: “Qual é o meu ato de liberdade hoje?”.