O Porto Fashion Makers é um sítio web que quer proporcionar um encontro e promoção de negócios, bairros e tendências onde todos os talentos da do Porto podem partilhar ideias e projetos, colaborando entre si com o objetivo de aumentar a visibilidade da cidade. “Após quatro anos de trabalho, conseguimos”, afirma Joana, uma das responsáveis deste projeto.

A plataforma, criada pela empresa City Fashion Makers, é um projeto de pessoas para pessoas, quer acompanhar o percurso de jovens artistas, blogger’s, cozinheiros, pensadores, designer’s… e valoriza negócios de áreas distintas que são tendência no Porto.

Este sábado, 18 de outubro, foi apresentada formalmente à cidade e proporcionou uma conversa, moderada pela jornalista Fátima Araújo, entre o vereador da Inovação e Ambiente da Câmara Municipal do Porto, Filipe Araújo; o diretor do Teatro Municipal do Porto, Tiago Guedes; o administrador da Segredo do Mar, José Cardoso; e o diretor artístico da White Studio, Eduardo Aires. “Porque é que o Porto está na moda?” foi a questão central da discussão.

“As pessoas gostam de trabalhar e de investir” no Porto

O que distingue a cidade invicta é “a iniciativa privada” e “as pessoas” que, segundo Filipe Araújo, são essenciais na criação desta nova identidade. A “nova vida da cidade”, afirma Tiago Guedes, passa também pela cultura e, em particular, pelo teatro. Este “não pode ser só para elites” e deve “ser mais democrático e de fácil acesso”. Afinal, a cidade do Porto “tem bons equipamentos” para a continuação do seu projeto de um “Teatro para todos”.

Em relação às questões económicas, “o Porto sabe adaptar-se”, mas o verdadeiro problema é “a falta de afirmação” – até porque “as pessoas gostam de trabalhar e investir cá”, afirmou José Cardoso.

O designer Eduardo Aires terminou a conversa com uma ideia metafórica de que “estamos a assistir a um alinhamento de estrelas”. O criador da nova marca da cidade reforçou ainda a importância de projetos que unam talentos, pois o Porto tem todos os ingredientes necessários ao sucesso, não sendo preciso importar nada. “O Porto define-se por si mesmo, é o Porto, ponto”, conclui.

Então, o que faz falta à cidade? “Falta comunicação, falta mostrar que é possível fazer coisas no Porto”, defende Filipe Araújo. Já para o empresário da White Studio, “não temos um problema de localização ou de periferia mas de escala”. Na verdade, o que falta são projetos como o Porto Fashion Makers, que reúne todas as condições para um encontro de talentos citadinos. O Porto é uma “cidade criativa com capacidade de execução e tem de ser reconhecida internacionalmente”, complementa a organização.