A partir da próxima quinta-feira, dia 27, e até domingo, 30 de novembro, o Museu de Serralves apresenta um ciclo de cinema inserido na exposição “O Processo SAAL: Arquitetura e Revolução, 1974-76”. O SAAL – Serviço Ambulatório de Apoio Local “foi um projeto arquitetónico e político criado poucos meses depois da revolução de 25 de abril de 1974, numa tentativa de envolvimento da arquitetura com as necessidades das populações carenciadas segundo um processo participativo”, informa a instituição cultural, em comunicado.

Desta forma, a iniciativa conta com filmes que se debruçam sobre este tema, mas também com outros, anteriores ao período em questão, “que contribuem para fazer um mapa da modernidade da cinematografia que retratava um país e as suas carências – como D. Roberto de Ernesto de Sousa e Belarmino de Fernando Lopes”.

Sempre acompanhadas por comentários de protagonistas do processo, observadores privilegiados ou dos próprios autores dos filmes, as exibições começam na quinta-feira, às 21h30, com “Meninos Ciganos”, de Manuela Bacelar. Seguem-se, nessa noite, “Direito à habitação”, da Cinequipa, e “Barronhos – Quem teve medo do poder popular?”, de Luís Filipe Rocha. Os comentários ficam a cargo de Margarida Coelho e José António Bandeirinha.

Já na sexta-feira, 28 de novembro, também a partir das 21h30, “Casas para o povo”, de Catarina Alves Costa, e “Continuar a viver ou Os Índios de Meia Praia”, de António da Cunha Teles, ocupam o auditório de Serralves, acompanhados pelos comentários da própria Catarina Alves Costa e José Veloso. No sábado, a sessão inicia-se às 15h30 com a exibição de “Belarmino”, de Fernando Lopes, comentado por Julião Sarmento. “Os verdes anos”, de Paulo Rocha, e “Dom Roberto”, de José Ernesto de Sousa, são exibidos a partir das 21h30, com comentários de Abílio Hernandez Cardoso.

O último dia do ciclo de cinema, 30 de novembro, exibe, a partir das 15h30, “Porto, 1975”, de Filipa Cesar, e, de seguida, “Paredes Meias”, de Pedro Mesquita. Às 21h30, a iniciativa encerra com “As Operações de SAAL”, de João de Dias. A entrada em cada sessão custa 3 euros, enquanto que o bilhete geral tem o preço de 9 euros, podendo ser adquirido aqui.