A mostra fotográfica, iniciativa da Câmara Municipal do Porto (CMP), da Universidade do Porto (UP) e do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), permite uma viagem por quatro grandes áreas dos cristais, desde os que se podem encontrar na natureza aos produzidos em laboratório para uso em investigação.

“Primeiro temos os cristais do quotidiano. Depois podemos ver cristais ligados à biologia, outros mais relacionados com a geologia e os minerais – na natureza os minerais podem assumir formas cristalográficas – e, por último, imagens de microscopia eletrónica de cristais, que muitas pessoas desconhecem”, explica ao Ciência 2.0 Vítor Silva, do IBMC.

Das 40 fotografias em exibição, Vitor Silva aconselha uma atenção especial às imagens dos cristais do açúcar e do sal. “São substâncias que as pessoas conhecem bem, mas não vistas ao microscópio. Os cristais do quotidiano são realmente fantásticos”, indica.

No que toca à perfeição, o especialista não hesita em enumerar o diamante e, por oposição, a grafite, que “têm exatamente a mesma composição química, mas arranjos estruturais completamente diferentes”, o que faz com que a grafite seja usada no quotidiano, em lápis, por exemplo, e o diamante tenha um elevado valor.

A exposição “Aquele Cristal e Outros” estará patente até dia 31 de janeiro da estação de metro da Avenida dos Aliados. “É uma oportunidade única de, num sítio singular, aprofundar conhecimentos não só sobre cristais mas também sobre cristalografia”, conclui.