“Paris, 7 de janeiro de 2015. Um atentado no jornal satírico Charlie Hebdo resultou na morte de 12 pessoas, oito das quais jornalistas. A liberdade, a democracia e o jornalismo podem ser assassinados. Mas não calados”. A mensagem é especialmente para os jornalistas, “companheiros do Charlie Hebdo” mas não só: “Defendê-los não é apenas uma tarefa de jornalistas. Nem dos políticos de turno. É uma obrigação de todos os homens sem amarras, cidadãos conscientes e comprometidos com uma sociedade responsável, esclarecida e plural, onde caibam todas as ideias. Sem censuras. Por vezes, com excessos. Mas irremediavelmente livre”.

E porque “todos somos Charlie”, a nova página de Facebook “Charlie Porto” quer unir jornalistas e cidadãos numa ação simbólica, junto ao ardina da Praça da Liberdade, no Porto, este sábado, 10 de janeiro. “Vamos unir-nos pela liberdade de expressão, pelo jornalismo, pela democracia, por um mundo melhor. Queremos dizer não ao terror e nunca ao medo, queremos dizer que não penhoraremos as nossas convicções nem cederemos à chantagem do ódio”, lê-se, na página do evento.

Aos que se unam a esta causa, a partir das 15h30, é pedido que levem canetas e lápis, que imprimam o famoso letreiro “Je suis Charlie”, que escrevam as “palavras de ordem”. “Vamos gritar que Charlie Hebdo não morreu. Nem deixaremos que morra”, apelam.