Desenvolvida pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC TEC), a CAMR (Context-Aware Personalized Multimedia Recommendations for Mobile Users) tem como intuito a seleção de conteúdos de preferência com os gostos do utilizador.

A aplicação portuguesa, desenvolvida no espaço do programa de investigação MAT – Media Arts and Technology, pode recomendar a música que gosta de ouvir, os filmes que quer ver, os livros ou as notícias que quer ler. As recomendações contextualizadas, a cada consumidor, definem-se pelo tipo de atividade feita, a altura do dia ou da semana, a localização, o tipo de ligação de rede ou as condições ambientais. Estas decisões, tomadas pela aplicação para o dispositivo móvel, recorrem a sensores do mesmo, como o GPS, a luz ou o som.

Segundo Teresa Andrade, coordenadora do projeto, a aplicação “monitoriza (…) os consumos do utilizador, estabelecendo relações com o contexto de utilização de alto nível e criando perfis de utilizador contextualizados, usando estes para implementar um motor de recomendação não invasivo”.  A criação dos perfis é feita de forma clara ou, então, pedida pelos consumidores.

A “app” pode vir a ser comercializada

A CAMR quer facilitar o acesso aos conteúdos disponibilizados aos utilizadores que possuem pouco tempo para procurar o que faz parte da sua área de interesse. Para além da filtragem de informação que está inerente à vertente semântica da aplicação, a invenção portuguesa adapta os diferentes conteúdos aos dispositivos – vertente sintática. Desta forma, o projeto utiliza dados de baixo nível, dados pelos sensores dos aparelhos, para torná-los em dados de alto nível, como as preferências de indivíduos. E é, principalmente, este facto que torna a aplicação novidade e atrativa.

A app desenvolvida pelo INESC TEC está, neste momento, sem financiamento. Mas, até aqui, teve verbas do QREN , pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, pelo Programa Operacional Regional do Norte e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Por agora, o projeto português está na fase de protótipo, mas, posteriormente, pode vir a ser comercializada ou então ser disponibilizada em open source.