Tomás Magalhães e Francisco Teixeira são os criadores da Invicta Drones, um projeto que consiste em realizar filmagens recorrendo a este tipo de tecnologia. Com experiência em realização e neurociências, a ideia começou por ser hobby e agora é um projeto com os olhos postos no futuro.

Os drones vieram trazer um novo leque de possibilidades às indústrias dos media. Tomás compara-o a um smartphone, pois, na sua opinião, “vai dar-se uma espécie de revolução, para a qual vai haver imensas aplicações”.

A verticalidade do drone é a sua maior vantagem, visto trazer novas formas de ver as coisas e novos padrões. E que tipo de pessoas pode recorrer aos serviços da Invicta Drones? “Qualquer pessoa que queira o tipo de filmagem onde as câmaras convencionais não chegam”, diz Francisco.

Apesar da crescente divulgação destes equipamentos, continua a haver quem desconheça e desconfie deste objeto: “Umas pessoas ficam fascinadas, outros ficam indignados e dizem que estamos a invadir a privacidade”.

A questão da privacidade

Francisco realça a necessidade de aprender sobre a conjuntura legal à volta dos drones: “Começam a haver alguns acidentes e começam a haver entidades a vir para os jornais dizer que vão regular e quais são as regras”.

Por agora, os drones continuam sem regulamentação. Segundo o Jornal de Notícias, a Circular de Informação Aeronáutica nº29/2013 refere algumas regras que estão a ser debatidas, como uma autorização prévia para a recolha de imagens com drones requerida ao Instituto Nacional de Aviação Civil, ou, por exemplo, caso a recolha de imagens  abranja pessoas e tratamento de dados pessoais, é necessária uma autorização da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD).

Para o uso de pequenas aeronaves/drones até 25 quilos será necessária uma licença, com seguro de responsabilidade civil.

Em Portugal, não há nenhuma legislação vigente sobre os drones, mas o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) está a ultimar uma proposta legislativa. Tomás Magalhães vê na hipótese da legislação uma “vantagem para as empresas estabelecidas, porque os utilizadores amadores não terão receita suficiente para suportar estes custos”.