A 13 de março, o Conselho Geral da Universidade do Porto (UP) volta a reunir-se para discutir a proposta do reitor, Sebastião Feyo de Azevedo, que contempla um aumento de 6,5% no valor anual das propinas nas licenciaturas e mestrados integrados. A diferença de 64 euros (de 999 euros para 1063,47 euros) pode influenciar a taxa de abandono escolar, um argumento utilizado pela Federação Académica do Porto (FAP) e por 14 associações de estudantes da instituição.

Daniel Freitas, presidente da FAP, reconhece que o orçamento de Estado não têm auxiliado o ensino superior, mas a Universidade do Porto ainda assim destaca-se como um bom exemplo no que toca à gestão dos recursos económicos. Quanto à nova proposta de aumento das propinas no próximo ano letivo, Daniel Freitas afirma que “a FAP é contra e pedimos ao Conselho Geral que a propina não suba”. Um possível retrocesso nas receitas e no número de estudantes da UP são consequências apontadas pelo responsável da Federação Académica do Porto.

Do lado do Conselho Geral da Universidade do Porto, chega a opinião de Francisco Silva. Um dos representantes dos alunos neste órgão, embora pessoalmente discorde da nova proposta, não se adianta na posição do Conselho Geral e remete as atenções para a reunião de sexta-feira.

Propinas pelo país

Alguns valores das propinas anuais das universidades portuguesas:

Universidade de Aveiro: 1067,85 euros

Universidade de Coimbra: 1067,85 euros

Universidade de Lisboa: 1067, 85 euros

Universidade do Minho: 1037,20 euros

Universidade Nova de Lisboa: 1067,85 euros

Neste momento, enquanto algumas universidades portuguesas têm o valor anual das propinas acima dos 1030 euros, a UP ainda mantém os 999 euros. Caso a proposta avance, esta discrepância poderá diminuir. O JPN contactou a reitoria da Universidade do Porto, que disse não pretender emitir qualquer comentário até ser do conhecimento público a decisão do Conselho Geral, relativamente à fixação de novos preços para as propinas.