Passados mais de 600 anos sobre o nascimento do Infante D. Henrique no Porto, foi inaugurado, recentemente, na casa onde este nasceu, o Centro Interpretativo “O Infante D. Henrique e os Novos Mundos”.

A criação deste espaço representa a terceira fase de musealização da Casa Museu Infante D. Henrique. Esta exposição foi pensada para melhor explicar ou fazer perceber os múltiplos papéis relevantes do Infante e da cidade do Porto nos Descobrimentos portugueses.

A mostra dedicada a estas duas identidades explora o cruzamento de culturas reveladas pelas descobertas quinhentistas, através de interfaces inovadoras e interativas e, também, quatro obras de vídeo comissariadas aos artistas Albuquerque Mendes, João Onofre, Julião Sarmento e Pedro Tudela.

Na cerimónia de inauguração estiveram presentes, entre várias personalidades da cidade, Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, Paulo Cunha e Silva, vereador da Cultura da autarquia, Amândio Barros, coordenador científico do projeto, e Mário Borges, vice-presidente da Associação para a Divulgação da Cultura de Língua Portuguesa (ADCLP).

DSC_0039Na opinião de Rui Moreira, este projeto é mais uma forma de promover a identidade singular do Porto,” uma cidade que continua, ontem e hoje, intensa de vida e de contrastes e que manteve uma profunda lealdade às suas origens, e que tem sabido, de forma sábia, atrair sempre novos mundos”.

O novo Centro Interpretativo é um impulso importante na requalificação de um lugar repleto de história. Os trabalhos na Casa Museu Infante D. Henrique, iniciados nos anos 90, trouxeram à luz do dia mais de um milhão de objetos que documentam 15 séculos de vida da cidade do Porto.

“O primeiro homem a ultrapassar o Trópico de Câncer era um portuense”

Segundo Amândio Barros, coordenador científico da exposição, este projeto é uma pequena interpretação da expansão portuguesa, que percorre as diferentes geografias e os diferentes encontros de povos que a exploração do novo mundo proporcionou.

“Quem nos visitar começará por ver o aspeto primitivo e emblemático desta casa, a participação do Porto com homens, navios, e com o próprio Infante na conquista de Ceuta. Encontraremos ainda os portuenses nas ilhas e na exploração da costa ocidental africana, lembrando que o primeiro homem a ultrapassar o Trópico de Câncer era um portuense”.

A criação deste centro foi sustentada, em parte, pelo financiamento do programa “ON.2- Novo Norte“, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, para além do ADCLP, impulsionador, mecenas e parceiro deste projeto.

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