O Teatro Municipal do Porto regressou em força no primeiro trimestre do ano. Tiago Guedes, novo diretor artístico, diz que os 12 mil espectadores registados, entre dança, teatro ou cinema, espelham que a Cultura é “um dos grandes motores na dinamização da cidade”.

O Teatro Municipal do Porto (TMP), uma das mais históricas instituições artísticas da cidade, regressou, no início deste ano, com uma vasta e pluralista programação. Orçada perto dos 170 mil euros, a agenda passava por devolver a Cultura à cidade, aos portuenses.

Sob a alçada da Câmara do Porto e da nova direção do TMP, liderada por Tiago Guedes, o projeto registou uma adesão na ordem dos 12 mil espectadores, no primeiro trimestre do ano, entre performances de dança, teatro, cinema, ou literatura, divididos entre os dois principais pólos do Teatro, o Rivoli e o Campo Alegre.

Tiago Guedes regozija-se com a procura do público e ressalva que os números ganham principal relevância quando se constata que são referentes ao período entre 23 de janeiro e 23 de março. “Estamos no início de um projeto e estas taxas de ocupação significam para nós construção”, sustenta, acrescentando a missão de “serviço público” que o TMP é obrigado a concretizar.

Nova programação com custo de 250 mil euros

A dança e o teatro foram as áreas em que houve maior procura da parte da comunidade, com valores entre os 90 e os 70%. O cinema, ao invés, obteve apenas 40% de espectadores. Algo que não preocupa Tiago Guedes, se se compreender a filosofia defendida: “Houve uma grande decisão, a de trazer o cinema à Baixa do Porto, de não haver apenas o cinema blockbuster exibido nos centros comerciais”.

Esta opção, que contempla parcerias com a Medeia Filmes ou o Porto/Post/Doc, é, por isso, para continuar. “Ter uma sala com lotação de 200 pessoas e haver 50 num filme de autor, a meio da semana, é, para mim, ótimo”, ressalva.

Com olhos postos no próximo trimestre, Tiago Guedes antecipa que “há uma grande expectativa para esta temporada” e que “as vendas estão muito alavancadas”. A nova programação tem um custo de 250 mil euros, um valor que, para Tiago Guedes, reflete “um investimento na dinamização da cidade” e possibilita aos munícipes “ver produções de elevado valor artístico, a preços acessíveis”. “A Cultura é um dos grandes motores de toda a revolução da cidade, da Baixa”, conclui.