Riley Ben King, “B.B. King”, ou, simplesmente, “B.B”, nascido em 1925, morreu nesta quinta-feira em Las Vegas (EUA), aos 89 anos, depois de ter sofrido várias complicações de saúde ligadas à diabetes.

Foram mais de dez mil concertos, 15 Grammys e uma pegada gigantesca no mundo da música que fizeram com que B.B. se tornasse num dos maiores guitarristas de sempre. Com os fãs ficam as eternas melodias e notas que saíam da sua “Lucille” ( a guitarra que o acompanhou desde sempre) e que inspiraram gerações atrás de gerações, incluindo grandes lendas da música como Jimi Hendrix, Buddy Guy, Eric Clapton, Joe Bonamassa ou John Mayer.

O seu nome ficou inscrito na lista do “Blues Foundation Hall of Fame” e no “Rock and Roll Hall of Fame” e foi considerado pela revista “Rolling Stone” como o sexto melhor guitarrista de sempre.“The thrill is gone”, “Three o’clock blues” ou “Lucille” são alguns dos temas que se destacam dos mais de 50 álbuns lançados pela lenda do Blues.

Sabrosa foi a última cidade portuguesa que recebeu o “rei”

Por cá, B.B. passou poucas vezes, sendo que a sua última visita foi em maio de 2010, em Sabrosa, distrito de Vila Real. O concerto foi gratuito e atraiu, até àquele pequeno concelho, mais de 20 mil pessoas. Na altura, os The Ramblers, uma banda lisboeta de Blues formada em 2007, abriu o concerto do “rei”. Luís Nunes, dos “The Ramblers”, disse ao JPN que o momento foi marcante, não só para a banda, mas também para as vidas de cada elemento do grupo.

Na altura, a banda aceitou tocar de borla, pedindo à organização apenas comida e um espaço para dormir.

Mas a memória desse dia não foi só especial para os “The Ramblers”. Em jeito de comemoração e de lembrança, a partir do concerto de B.B., em 2010, o parque onde o artista atuou ficou a chamar-se, desde então, “B.B. King Parque”.

Das raras visitas a Portugal, destaque também para o concerto no Casino Estoril, em 1990, e na Expo 98, em que partilhou o palco, nas duas vezes, com o músico português Rui Veloso.