É já na segunda-feira, 25 de maio, no Hotel Holliday Inn, em Vila Nova de Gaia, pelas 21h30, que Joaquim Jorge vai lançar o seu mais recente livro “Pedagogia Cívica”. A obra reúne uma vasta reflexão de temas da sociedade, com principal foco na relação entre a política e os cidadãos. “Esta é a maneira que concebi de intervir politicamente: fazer pedagogia cívica.”, afirma Joaquim Jorge, ao JPN.

O fundador do Clube dos Pensadores – espaço mensal de debate que junta figuras proeminentes das mais variadas áreas do país- é corrosivo quando se fala da democracia atual. Para Joaquim Jorge, o perfil político de hoje em dia é uma das causas para a descrença, como esclarece no livro: “Os cidadãos estão fartos de gente que se aproveite do erário público e que lhes mintam. A sociedade deve ter a segurança de que a justiça funciona como parte do sistema. Há que educar a sociedade em que o que é público é sagrado.O livro foca como gostaria que os políticos fizessem política pelo exemplo e não com palavreado vão”, afirma.

O elevado número de partidos é, também, outro dos males da esfera política em Portugal. “Somos um país tão pequeno. Para quê tantos partidos?”, questiona Joaquim Jorge, acrescentando que a lei para a formação dos mesmos é desajustada: “Há partidos que não mostram nenhuma atividade. Não têm razão de existir. A lei tem de ser alterada”.

Apesar de tudo, Joaquim Jorge afirma que a democracia é o melhor regime até agora existente mas tem de haver “uma reinvenção”. A solução, defende, passaria pela “obrigatoriedade de prestação de contas dos políticos e transparência na vida pública”. “Quem está na política julga-se uma casta superior”, conclui.

A apresentação do livro Pedagogia Cívica, que terá prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa e posfácio de Rui Moreira, contará com a presença de Paula Teixeira da Cruz, Ministra da Justiça, e António Tavares, Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto.