Na sua 12.ª edição, o Black & White, sempre presente na Universidade Católica do Porto, é já uma referência dos festivais de cinema em Portugal. Sob o estandarte de “único festival a preto e branco do mundo”, o Black & White tem vindo a cativar, ano após ano, um público cuja estética a duas cores não é considerada inusitada.

“O Black & White traz um público sensível a uma estética que não é massificada”, diz Jaime Neves, um dos membros da organização do festival. “Neste sentido, somos como o Fantasporto, o Curtas Vila do Conde, ou o Indie Lisboa. Cativamos um público diferente”, acrescenta.

A maior premissa do festival é desfazer o preto e branco de preconceito: “Existe ainda uma conotação do preto e branco como algo maçador, antigo, quando não é. O preto e branco está na moda. A publicidade que passa constantemente na televisão tem anúncios, de perfumes ou cafés, muitas vezes a preto e branco. O preto e branco atribui glamour aos objetos”, explica Jaime Neves, revelando que, este ano, o festival vai utilizar “tecnologia do presente”.

A 12.ª edição do Black & White, além da competição que envolve obras provenientes dos quatro cantos do mundo, está sob a temática da cidade do Porto. Nas mostras de fotografia e conversas com artistas, o festival, segundo Jaime Neves, vai “mostrar o que se tem feito no Porto nos últimos anos”, e haverão convidados como Nelson Garrido, fotojornalista do Público, e Luís Vieira Campos, autor da curta-metragem “Bicicleta”, rodada no Bairro do Aleixo.

Será também dado destaque ao Cineclube do Porto, cuja existência, na opinião de Jaime Neves, “é desconhecida por grande dos portuenses”.

O festival, que envolve de forma massiva a comunidade estudantil da Escola de Artes da Universidade Católica, decorre de 20 a 24 de maio. A programação pode ser vista, na íntegra, aqui.