O Museu Nacional do Ar e do Espaço Smithsonian, nos Estados Unidos da América, quer angariar 500 mil dólares (461 mil euros) para o restauro do fato do astronauta Neil Armstrong, o primeiro homem que pisou solo lunar.

A campanha, designada Reboot The Suit, quer assegurar a conservação do fato espacial, a fim de exibi-lo de novo numa vitrina climatizada e digitalizá-lo em 3D, para que todos possam vê-lo.

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Neil Armstrong morreu há cerca três anos, no Ohio, a sua terra-natal, aos 82 anos. A cápsula da missão Apollo 11, na qual o astronauta norte-americano e mais dois companheiros viajaram até à Lua, em 1969, é uma peça do Museu Nacional do Ar e do Espaço Smithsonian.

A iniciativa coincide com o 46.º aniversário da missão lunar Apollo 11 mas está já a antecipar as comemorações do 50.º aniversário, que se comemora em 2019. O principal objetivo é que o fato possa fazer parte da galeria “Rumo à Lua”, cuja abertura está prevista para 2020, e que vai assinalar a efeméride.

Em comunicado, o museu adianta ainda que, com os dados da digitalização do fato, desenvolverá materiais educativos que possam ser usados pelas escolas de todo o mundo.

Lançada na plataforma Kickstarter, a campanha já conseguiu reunir mais de 160 mil dólares (147 mil euros) dos 500 mil que pretende arrecadar num mês. Como recompensa, os cidadãos que contribuírem para o projeto poderão conhecer um astronauta, receber uma impressão em 3D da luva de Neil Armstrong ou um emblema da Apollo 11.

Já os mais generosos, que invistam a modesta quantia de dez mil dólares (9,2 mil euros), serão convidados, a partir de novembro, a ver o fato espacial no laboratório de conservação onde vai ser restaurado.

É a primeira vez que um museu do Instituto Smithsonian recorre ao crowdfunding para custos de restauro. O governo norte-americano financia a manutenção dos 19 museus e galerias da instituição e a segurança das suas coleções, mas as exposições e os restauros dependem, em grande parte, de donativos privados.