“É necessário combater o mito de que a Química é um curso sem futuro”. Por isso, e para combater a falta de candidatos evidenciada nos últimos anos, a Sociedade Portuguesa de Química (SPQ) pretende pagar as propinas dos cinco melhores candidatos aos seis cursos de Química ministrados em outras tantas Universidades portuguesas. A Universidade de Coimbra é uma delas e associa-se a esta iniciativa oferecendo as propinas a mais cinco estudantes. Serão, portanto, dez, os alunos que verão as suas propinas pagas durante o ano letivo de 2015-2016.

Sérgio Seixas de Melo, Secretário-Geral da SPQ e também docente da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), afirma que esta medida pretende essencialmente alterar a «crise de vocações para a química» e «manter vivo um curso que é estruturante e fundamental para o desenvolvimento do país. A química é essencial para áreas distintas, desde a saúde e ambiente até às tecnologias», pode ler-se na página da Universidade de Coimbra onde a iniciativa é divulgada.

Segundo o regulamento, quando forem divulgadas as notas da 1.ª fase dos exames, inicia-se o processo de seleção que considera os seguintes fatores de ponderação: 80% de peso atribuído à média de candidatura (são excluídos candidatos com nota mínima inferior a 10,5 valores), 10% da nota do exame de 11.º ano de Física e Química A e 10% da classificação (nos três primeiros lugares) nas olimpíadas de química.

Para além do curso de Química na Universidade de Coimbra, a SPQ também vai oferecer as propinas aos cinco melhores candidatos aos cursos de Química da Universidade de Aveiro, da Universidade do Minho e da Universidade do Porto e ainda os candidatos aos cursos de Química+Química Tecnológica da Universidade de Lisboa e de Química Aplicada da Universidade Nova de Lisboa.