As III Jornadas ObCiber estão quase aí. É já no próximo dia 4 de dezembro, sexta-feira, que o Pólo de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto (UP) vai receber este encontro, que este ano assinala duas décadas do ciberjornalismo em Portugal. Com início previsto para as 9h45, o programa vai debruçar-se sobre a temática do jornalismo online, com reflexões sobre o passado e perspetivas para o futuro. Para além de algumas conferências e painéis, que se vão desdobrar ao longo do dia, o final da tarde está reservado à entrega dos Prémios Ciberjornalismo ObCiber 2015 e à apresentação de dois livros. A entrada é livre.

Assim, a conferência de abertura, às 10h, deixa logo o tema no ar para o resto do dia. O professor e diretor Curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto, Hélder Bastos, vai apresentar uma retrospetiva dos 20 anos do ciberjornalismo, abordando as suas “utopias, conquitas e deceções”. Após uma pausa breve, o encontro volta às 11h15, desta vez com a conferência “O jornalismo em 2025: o que mudou na última década”, por João Canavilhas, da Universidade da Beira Interior (UBI), que vai antecipar a próxima década desta área fazendo algumas reflexões do que será o jornalismo no futuro.

Mais tarde, cerca do meio dia, realiza-se o primeiro painel. Luís Santos, da Universidade do Minho (UM), Miguel Conde Coutinho, editor adjunto do JN Online e Tiago Dias, jornalista da Lusa vão discutir o futuro do ciberjornalismo, numa apresentação moderada por Isabel Reis, da UP. As jornadas voltam às 15h, com um segundo painel, desta vez ligado às experiências académicas no mundo do ciberjornalismo. Moderado por Pedro Jerónimo, este painel conta com as intervenções de Anabela Gradim, da Urbi & Orbi, de Rui Barros, diretor do ComUM e de Afonso Ré Lau, antigo colaborador do Jornalismo Porto Net (JPN).

A terceira e última conferência do encontro será realizada às 16h por Fernando Zamith, da UP com o tema “Do ObCiber à RIIC: Investigar em Rede”. Às 17h as jornadas prosseguem com o anúncio dos vencedores e entrega dos Prémios de Ciberjornalismo. Esta iniciativa do Observatório do Ciberjornalismo, é já a 8.ª realizada e conta com um júri diversificado de docentes universitários da área, de todo o país e até do estrangeiro.

Presidido por Hélder Bastos, o júri engloba Fernando Zamith, António Granado da Universidade Nova de Lisboa (UNL), Luís Santos da UM, João Canavilhas da UBI, Inês Amaral da Universidade Autónoma (UAL) e do Instituto Superior Miguel Torga (ISMT), Pedro Jerónimo do ISMT, Luís Bonixe do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), Fernando Irigaray da Universidad Nacional de Rosario (UNR), na Argentina e, por fim, Rita Paulino da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil.

Para finalizar as III Jornadas ObCiber de 2015, o público vai poder assistir à apresentação de dois livros que, uma vez mais, abordam a temática do ciberjornalismo. A primeira sugestão de leitura, às 17h30 é o livro de Pedro Jerónimo e tem como título “Ciberjornalismo de proximidade”. O segundo livro é de Hélder Bastos, com o título “Origens e evolução do ciberjornalismo em Portugal: Os primeiros vinte anos (1995 – 2015)”, às 18h, que fecha este encontro de jornalismo como começou: a assinalar as duas décadas de ciberjornalismo no país.

As III Jornadas ObCiber, organizadas pelo Observatório de Ciberjornalismo, contam com o apoio do Media Innovation Lab (MIL), da Universidade do Porto e do Centro de Estudos das Tecnologias e Ciências da Comunicação (CETAC.MEDIA).

Os candidatos aos Prémios Ciberjornalismo

A corrida aos Prémios Ciberjornalismo 2015 ainda decorre. Até ao dia 29 de novembro, o público poderá votar no que considera o melhor trabalho jornalístico, nas diferentes categorias a concurso. De todos os trabalhos candidatos, o júri selecionou no mínimo três para cada secção, sendo que a Rádio Renascença (RR), o Público e o Observador concorrem na categoria “Excelência geral em ciberjornalismo”.

Passando à categoria Última Hora, que elege já três trabalhos específicos, o público poderá escolher como favorito o trabalho da Renascença “Atendados em França“, o do Jornal de Notícias “Legionella já matou quatro pessoas” ou ainda o do Observador “Avião Airbus 320 com 150 pessoas a bordo despenha-se nos Alpes“. Para melhor Reportagem Multimédia há dois trabalhos da Renascença a concurso, sendo eles “20 anos são dois dias” e “A Aldeia da Luz não mora aqui” e ainda um do jornal Expresso intitulado “Matar e Morrer por Alá“.

A rádio Renascença volta a estar em destaque na categoria Videojornalismo Online, uma vez que os quatro trabalhos a concurso são da própria: “O extraordinário mundo de Irina“, “Vida de Faroleiro“, “Helena pensava que não tinha fé. Papa vai baptizar pintora portuguesa” e “Os outros habitantes da antiga Feira Popular“.

Já a concorrer para melhor Infografia encontram dois trabalhos do Público “VIH: O vírus que apareceu em Kinshasa em 1920 e alastrou para o mundo inteiro” e “O ranking dos preços da água em 2013” e um do Jornal de Notícias “Conheça a vespa “assassina” que ameaça Portugal“.

Por fim, na última categoria a concurso, que destaca o que de melhor se faz no Ciberjornalismo Académico, quem disputa o prémio são os trabalhos “Por onde já não navegamos” e “Para o outro lado da margem“do ComUM e  “A última memória de África” do JPN.