A apresentação da programação para janeiro e fevereiro do Teatro Municipal do Porto, decorreu esta quinta-feira no Teatro Rivoli. Naquele que foi o primeiro evento público com Rui Moreira como vereador da Cultura, o autarca disse esperar que os novos espetáculos deem “continuidade à estratégia que foi traçada” para a área. O também presidente da Câmara Municipal do Porto revelou que o orçamento para a programação anual é de 900 mil euros, mas parte do valor vai ser suportada pelos parceiros com quem o Teatro Municipal do Porto vai partilhar espetáculos.

Na conferência, Tiago Guedes, o atual diretor do Teatro Municipal do Porto – que integra além do Rivoli o Teatro do Campo Alegre -, destacou o espetáculo de teatro “O Grande Livro dos Pequenos Detalhes”, que sobe a palco nos dias 15 e 16 de janeiro. O elenco é constituído por atores portugueses e brasileiros e a peça retrata duas histórias e duas maneiras completamente diferentes de ver a realidade. “Vale a pena descobrir”, garante Tiago Guedes.

O grande acontecimento vai ser o 84º aniversário do Teatro Municipal Rivoli, que vai ser assinalado de 18 a 24 de janeiro. Tiago Guedes quer que a comemoração seja “uma festa” e que dê visibilidade a todas as áreas artísticas. Inseridas nestas celebrações estão as peças “Ha!”, de Bouchra Ouizguen, e “Partitur”, de Ivana Muller. A literatura também vai ter espaço com a “Poesia à Solta”.

Ballet e Teatro Musical no Rivoli

A Companhia Nacional de Bailado estreia um programa no Porto 18 anos depois. O “Programa Reportório” vai estar em palco nos dias 29 e 30 de janeiro, no Rivoli. Ainda na área da dança, Tiago Guedes também destaca o espetáculo “Terceira Idade”, de Pedro Zegre Penim, feito para o Balleteatro. Estreia no dia 5 de fevereiro, no Teatro do Campo Alegre.

O teatro musical também faz parte da programação. A companhia Teatro do Eléctrico traz ao palco a peça “Menos Emergências”, a 6 de fevereiro. Este espetáculo conta com a colaboração do Coro de Jazz do Conservatório de Música do Porto.   

O teatro dedicado a crianças não podia faltar. A 19 de fevereiro estreia a peça “Universos Paralelos”, “um espetáculo onde a ligação à ciência e à ficção científica foi a base”, declara o diretor do Teatro Municipal do Porto.

O Programa de Residências Artísticas do Campo Aberto também marca esta programação. São nove residências de longa duração para nove companhias, onde estas “vão ter as suas salas de ensaio, escritórios e vão estrear as suas peças”, revela Tiago Guedes.

Programa Paralelo

O Programa Paralelo é um programa de aproximação às artes performativas onde são propostas atividades que aproximem a cultura das pessoas.

Um exemplo é o workshop da coreógrafa Bouchra Ouizguen no Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo. Haverá também conversas pós-espetáculos e um serviço de baby-sitting, o “Eu Também Vou”.

As atividades que as crianças realizarem neste serviço vão estar relacionadas com o espetáculo que os pais estão a ver. Outro destaque é o “Aquecimento Paralelo”, uma oportunidade do público ter uma aula com a companhia antes do início do espetáculo.

Destaques para os meses que se seguem

Em março, inicia-se o programa “Porto Best Of”, ligado aos músicos da cidade. A iniciativa vai promover vários espetáculos com duas partes: a primeira para dar a conhecer uma nova banda e a segunda lança um desafio a uma banda já conhecida do Porto para “revisitar” um álbum e dar-lhe uma “nova cara”. Outro destaque é o Festival Dias da Dança, de 27 de abril a 8 de maio, e que tem como objetivos mostrar a pluralidade que existe nesta área, promover coreógrafos locais e levar a que mais artistas “possam ser descobertos”, revela Tiago Guedes.

A “inevitabilidade” de assumir a Cultura

Na sequência da morte inesperada de Paulo Cunha e Silva em novembro, Rui Moreira assumiu o pelouro da Cultura na Câmara Municipal do Porto. “Uma inevitabilidade”, diz o presidente da Câmara Municipal do Porto, que tinha idealizado com Paulo Cunha e Silva os projetos para esta área. Rui Moreira conta que a equipa que o acompanha como vereador da Cultura tem “feito das tripas coração” nesta nova fase na cultura portuense e vê na cidade do Porto a sua “fonte de inspiração”.

Rui Moreira notou que o ano de 2015 foi “o primeiro ano completo de programação do Teatro Municipal do Porto”. Houve 219 espetáculos, dos quais 25 foram de companhias internacionais e 55 estreias absolutas de companhias locais. Cerca de 130 mil pessoas assistiram aos espetáculos e estes tiveram uma taxa média de ocupação de 80%. O orçamento da programação de 2015 foi de 830 mil euros.

Programa Paralelo

O Programa Paralelo é um programa de aproximação às artes performativas onde são propostas atividades que aproximem a cultura das pessoas. Um exemplo é o workshop da coreógrafa Bouchra Ouizguen no Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo. Haverá também conversas pós-espetáculos e um serviço de baby-sitting, o “Eu Também Vou”. As atividades que as crianças realizarem neste serviço vão estar relacionadas com o espetáculo que os pais estão a ver. Outro destaque é o “Aquecimento Paralelo”, uma oportunidade do público ter uma aula com a companhia antes do início do espetáculo.