Na véspera da reunião com António Costa, para discutir a polémica que opõe a Câmara do Porto à TAP, Rui Moreira voltou a insistir que a operadora necessita de definir a sua área de atuação. Instado a comentar o reforço da operação da Ryanair no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, o autarca considerou que a TAP “não pode invocar umas vezes que é privada e tomar as decisões que quer, e depois dizer que afinal é pública”.

Rui Moreira espera que não haja custos acrescidos para os contribuintes que resultem do acordo fechado entre o consórcio Gateway e o Estado. O presidente da Câmara do Porto comparou mesmo a transportadora área com um OVNI: “Parece que a TAP é um Objeto Voador Não Identificado. Isso é que não pode ser. Temos de o identificar, temos de perceber o que é.”

Em relação à posição da Ryanair, Rui Moreira ficou satisfeito com a decisão, considerando que “viajar para o Porto é um bom negócio”. “Não me parece que a intenção da Rynair seja perder dinheiro”, ironizou o responsável.

A TAP anunciou em janeiro a intenção de suprimir quatro voos europeus com saída do Porto: Barcelona, Bruxelas, Milão e Roma. Incerta é ainda a situação relativa a Milão. Atualmente, a Ryanair voa para Bergamo, mas o autarca espera que se aposte no aeroporto de Malpensa, pois “apesar de terem a mesma distância ao centro da cidade, Malpensa situa-se do lado de Milão que mais interessa aos industriais portugueses, principalmente na área do calçado, da confeção e do têxtil”.