Ir a Serralves está mais caro. Desde o início de fevereiro que a Fundação alterou o tarifário para o público em geral e para os estudantes. Há também novidades para quem procura o espaço cultural ao domingo.

A partir deste mês, para visitar o museu e o parque da Fundação de Serralves são precisos agora dez euros, mais 1,5 euros do que anteriormente. Quem só quiser ir ao parque passa a pagar cinco euros.

Este valor desce para metade para os jovens entre os 12 e os 18 anos, estudantes do Ensino Superior e maiores de 65 anos. Se antes da alteração estavam isentos, passam agora a pagar cinco euros para usufruir do espaço.

Outra das mudanças do novo tarifário põe fim às entradas gratuitas em Serralves ao domingo de manhã. Apenas o primeiro domingo de cada mês continua com entrada livre, das 10h às 13h.

Estas alterações de preços já provocaram reações. Pedro Bragança organizou uma petição, intitulada “Contra as novas tarifas de Serralves”, que recolheu, em apenas 24 horas, mais de mil assinaturas. O autor, arquiteto e estudante de Doutoramento na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) explica ao JPN que é um utilizador assíduo dos espaços e que considera que estas alterações, feitas “em silêncio”, “representam danos profundos para a sociedade”.

No texto que acompanha a petição pode ler-se ainda que a situação inverte “a tendência de abertura à cidade, à região e ao país”, afastando-se, assim, “explicitamente de alguns dos seus objetivos estratégicos, bem como da sua Missão, Visão e Valores”.

 

Artigo editado por Sara Gerivaz