Qualquer munícipe ou empresa sediada no Porto que tenha um jardim, quintal ou um terreno apropriado pode receber até 10 árvores de 24 espécies portuguesas. Os interessados podem escolher as que mais se adequam ao seu espaço, entre as quais o medronheiro, o sobreiro, o teixo e o cipreste.

Uma iniciativa embrionária que o vereador da Inovação e Ambiente, Filipe Araújo, pretende fazer crescer. “Aliamo-nos ao projeto FUTURO para que todos possam ter acesso a estas árvores e cuidar delas nas suas próprias casas. Mas o nosso objetivo é alargar a iniciativa a nível nacional e estendê-la também a espécies que se encontram em vias de extinção”, explica em declarações ao JPN.

O vereador promete várias iniciativas onde os participantes vão receber formação sobre como plantar e cuidar das suas árvores. Para tal, os interessados devem candidatar-se até 20 de março, através do site do projeto.

Projeto esse que Marta Pinto, fundadora, acredita não ter sido possível sem o apoio de parceiros fundamentais como o “Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, o Centro Nacional de Sementes Florestais, a LIPOR e o Programa Floresta Comum”. O projeto FUTURO nasceu em 2011 com objetivo de plantar 100 mil árvores na Área Metropolitana do Porto (AMP).

Marta destaca ainda a importância dos voluntários, que são já mais de 1200. “Temos tido um apoio tão grande por parte das pessoas que as dificuldades ficam diluídas”, salienta.

Vladimiro Pereira concorda: “Faça chuva, faça sol, não sentimos dificuldades, nós vamos sempre para à frente”. É voluntário no projeto desde o início e destaca o papel ativo que a autarquia tem tido para o sucesso do mesmo. “No tempo do Rui Rio tivemos uma Câmara horrível, que devastou imensas árvores no Porto. As razões não as sei dizer, mas felizmente temos hoje uma mudança de paradigma, com pessoas que se preocupam”, frisa o voluntário.

Nos dias 1 e 2 de abril os inscritos na iniciativa “Se tem um jardim, temos uma árvore para si”, podem levantar as árvores no Parque da Cidade ou na Quinta do Covelo. A meta é que sejam plantadas, num espaço de cinco anos, 10 mil árvores nos jardins dos portuenses.

Artigo editado por Sara Gerivaz