O Coletivo NADA, um “pequeno grupo de artistas e ativistas” portuenses, organizou um festival de quatro dias que confronta os “valores neoliberais” que consideram ter sido instituídos pela sociedade. Na teoria, é “um corpo de ações transformadoras assentes nas liberdades da experimentação artística”, explica o grupo no site do evento. Na prática, é um cojunto de laboratórios de arte, experimentação e ativismo, em que a criatividade e a capacitação coletiva falam mais alto através de variadas performances.

Dos muitos projetos que o coletivo NADA recebeu, os selecionados destacaram-se pela pertinência face ao “enquadramento artístico, político e cultural da iniciativa”, e à “capacidade de produção e apresentação do projeto”.  O programa engloba várias vertentes artísticas, desde as artes visuais e cinéfilas, até às conversas críticas, aos projetos comunitários, projetos multidisciplinares e performances de “happening”.

A primeira edição deste “corpo de ações transformadoras” começa esta segunda-feira às 21h30, com filmes e conversas no espaço associativo contraBANDO. Vai prolongar-se até domingo, dia 28. Além do contraBANDO, os espaços de “partilha, cidadania e insurgência” vão ser a associação cultural OpenBox / Pandora Pátio Café e as ruas da cidade.

Sem fins lucrativos e sem apoios financeiros ou institucionais, o NADA garante que as receitas angariadas através do sistema de donativo livre revertem a favor dos artistas, a quem asseguram assistência técnica, a divulgação dos projetos e “dormidas solidárias”.

 

Artigo editado por Filipa Silva