A Semana das Camélias, no Porto, despediu-se com a construção de uma mandala de flores. A cor e a animação rechearam a Avenida dos Aliados na tarde de sábado. O JPN não faltou.

A 21ª edição do “Porto: Cidade das Camélias” terminou, este sábado, com a construção de uma mandala de flores. O evento entreteve durante a tarde com espetáculos de dança e contos para crianças.

As rainhas foram as camélias, mas as magnólias e as calêndulas também contribuíram para o vasto leque de cores que preencheram a Praça General Humberto Delgado, na Avenida dos Aliados.

O começo do último dia de uma semana agitada, marcada pela poderosa presença das camélias na cidade do Porto, estava programado para as 14 horas. A Avenida dos Aliados encheu-se de miúdos e graúdos, portugueses e estrangeiros. A construção de um círculo – uma mandala – de camélias e as sessões de dança no lago da avenida foram as principais atrações para os mais crescidos, mas os mais pequenos também tiveram direito a diversão, com as histórias da “menina Camélia”.

Desenhar com flores nas calçadas do Porto

O dia era de sol e as pessoas saíam à rua. Às 14 horas, Paulina Almeida, a organizadora do evento, espalhava camélias e outras flores na calçada de uma das avenidas mais movimentadas do Porto. Com o passar das horas, o desenho, inicialmente aleatório, ia ganhando forma e enchendo os olhos de quem passava.

O relógio da Câmara Municipal do Porto, na Avenida dos Aliados, já marcava as 14h30 quando a enchente se começava a fazer notar. As pessoas juntavam-se à iniciativa e por todo o lado as camélias pintavam o chão.

Alessandra Dorante soube da iniciativa através da aplicação da Câmara Municipal do Porto e não podia deixar de participar. “Está um dia espetacular, o que ajudou muito. Adorei. Acho muito importante este tipo de iniciativas, surge espontaneamente, as pessoas foram contribuindo e saiu uma coisa muito linda, gostei imenso”, confirmou a participante.

A música ecoou pela avenida durante toda a tarde. Mas, num momento surpresa, escutou-se uma música diferente. Depois de terem decorado o lago que se encontra em frente à Câmara com camélias, duas artistas entretiveram os visitantes: enquanto uma delas cantava descalça no início do lago, a outra mergulhava numa dança contemporânea que fazia as delícias de quem por lá passava.

Apoiante deste tipo de iniciativas é Fernanda Ferreira. Natural do Porto, descobriu o evento quando passava nos Aliados e decidiu participar: “Estas iniciativas contribuem para a parte cultural e para divulgar o que de mais bonito temos, que são as flores e as camélias, principalmente”.

Quando a tarde ainda não ia a meio, a mandala já estava preenchida. Eram 15h30 e o chão dos Aliados era já mais colorido não só com camélias, mas com todas as flores que decoravam o espaço que antes era só calçada. Paulina Almeida agradeceu a participação de todos e comemoraram dando as mãos numa roda à volta do desenho.

E para os miúdos… A “menina Camélia”

“Na cidade do Porto vamos encontrar as camélias mais bonitas! São de encantar!”. Estas foram as frases mais cantadas pelos animadores do espetáculo. Vestidos a rigor, os artistas acompanharam, com música ao vivo, a “menina Camélia”, que atraiu, ao topo das escadas da Praça General Humberto Delgado, dezenas de crianças.

O evento teve o apoio da Câmara Municipal do Porto (CMP) e a animação foi organizada pelo Porto Lazer. No entanto, a principal dinamizadora do espetáculo foi Paulina Almeida. A artista contou ao JPN que a proposta de uma mandala de flores nasceu não só do significado de construir a própria mandala para celebrar as camélias no Porto, como também de assinalar a tradição portuguesa dos tapetes de flores.

Paulina Almeida acredita que a mandala tem um “poder de transição e de transformação” que leva as pessoas a “juntar-se e a ajudar na missão”. A diretora artística do acontecimento defendeu a importância da dinamização deste tipo de eventos para a cidade.

 

Artigo editado por Sara Gerivaz