A Câmara Municipal do Porto pretende reduzir o número de ruas onde é permitida a circulação de autocarros, comboios e outros transportes turísticos e reservar a circulação a algumas áreas da cidade através de um novo regulamento, noticia esta sexta-feira o Jornal de Notícias.

A medida surge das dificuldades de circulação em algumas artérias da Invicta originadas pelo fluxo dos transportes turísticos.

De acordo com o jornal, a câmara apresentou dois mapas: um para os autocarros e outro para os comboios turísticos. Se as medidas forem aprovadas, as ruas Mouzinho da Silveira, Sá da Bandeira, Bolhão, Gonçalo Cristóvão, Gonçalo Sampaio, Campo Alegre, Marechal Saldanha e a Praça do Império deixarão de fazer parte dos trajetos.

Assim, os veículos com lotação superior a nove lugares vão ter 24 paragens, enquanto no caso dos comboios as paragens vão ficar reduzidas a duas, a Sé e a Cordoaria.

Para os transportes com nove ou menos lugares, como os “tuk-tuk”, a regulamentação é diferente. Os trajetos não são determinados por ruas, mas sim por zonas livres de circulação, como a Baixa o Centro Histórico e de Serralves ao Passeio Alegre.

As alterações pretendidas pela câmara não se limitam apenas aos trajetos. Existem outros aspetos que vão ser alvo de uma maior regulamentação. Um deles é o tempo de paragem dos autocarros nos terminais, que vai ter um máximo de 30 minutos. Nas vias públicas, o tempo de espera é de três minutos.

Outra questão prende-se com o número de transportes em operação. As empresas de autocarros turísticos devem ter no máximo 12 veículos a circular, os transportes com nove ou menos lugares apenas oito e os comboios dois.

Para as empresas que já estão no mercado, abre-se a possibilidade de pedir licença de circulação por requerimento, que vão ser atribuídas por dois anos, podendo ser renovadas.

Quanto às novas empresas que pretendem entrar no mercado, as licenças vão ser concedidas por concurso público, caso o presidente da autarquia autorize.

O prazo máximo para os estreantes vai ser de sete anos não renováveis.

 

Artigo editado por Filipa Silva