A TAP contra-ataca no diferendo que a opõe à Câmara Municipal do Porto através de uma entrevista exclusiva que o presidente executivo da empresa dá esta quarta-feira ao Jornal de Notícias – a versão integral é publicada só amanhã.

Fernando Pinto garante que Rui Moreira não deu grande importância à supressão de quatro rotas europeias no aeroporto Francisco Sá Carneiro na reunião em que as alterações foram comunicadas ao autarca e cita mesmo o responsável da autarquia portuense: “Esses voos já são servidos pelas low-cost, não há grande problema, ainda bem que vão manter o longo curso e a ponte aérea é uma ótima notícia porque os empresários podem vir de qualquer lugar da Europa com voos constantes”.

Na mesma entrevista, o responsável máximo da TAP mostra-se surpreendido com a postura do presidente da Câmara do Porto a qual culminou com o lançamento um livro intitulado “TAP-Caixa Negra”, apresentado a 22 de março.

Em declarações ao JN, Fernando Pinto refere ainda que “a TAP pela visibilidade que tem, é muito usada como arma de arremesso político” e lamenta a publicação do livro: “A TAP não merece isto”, sublinha.

Sobre o cancelamento das quatro rotas a partir do Porto e oito a partir de Lisboa, Fernando Pinto justifica que a empresa “passou por uma fase difícil nestes quatro anos” e acrescenta que não podia “aceitar mais perdas” já que as tarifas não pagavam os custos.

CMP assegura que a “Ocupação da ponte aérea Porto-Lisboa está a ser um fracasso para a TAP”

A Câmara do Porto revelou esta terça-feira números relativos à taxa de ocupação da ponte aérea para Lisboa e garantiu que está a ser “um fracasso”.

O primeiro voo da manhã de domingo, que arrancou da capital rumo à invicta, de acordo com o site de notícias da CMP, teve a mais baixa taxa de ocupação, apenas 6%. Embora a procura tenha aumentado durante o dia, a ocupação média dos 36 voos da ponte aérea foi de 57,63% que contrasta com a taxa de ocupação média da Ryanair (78,04%) que realizou seis ligações entre as duas cidades nesse dia.

A Câmara presidida por Rui Moreira acrescenta ainda que “o segundo dia terá corrido pior, com atrasos sucessivos e um cancelamento” e apresentou números concretos em relação às ligações diretas internacionais a sair do Porto rumo à Europa: média de ocupação de 97%.

No mesmo texto pode ainda ler-se que a TAP não divulgou números concretos aos meios de comunicação apenas referindo que as taxas de ocupação estavam dentro das previsões.

 

Artigo editado por Filipa Silva