Paris continua em alerta face ao terrorismo. Nesse sentido, foram reforçadas as medidas de proteção na Maratona de Paris, que no próximo domingo espera mais de 50 mil participantes.

Por razões de segurança, o diretor da prova não adiantou pormenores sobre as medidas adicionais, que podem passar pelo controlo de malas e sacos, a instalação de detetores de metais e três mil ‘observadores’ para vigiar qualquer movimento suspeito.

O objetivo é neutralizar qualquer anormalidade detetada nos 42,195 quilómetros do percurso, que atravessa Paris de leste a oeste e que terá milhares de espetadores a assistir ao longo das estradas utilizadas pelos corredores.

“Sinto-me especial por participar nesta maratona”

Alcides Freire, jornalista d’ O Jogo, vai participar pela primeira vez na Maratona de Paris. Apesar do alerta terrorista, o reforço de segurança fá-lo acreditar que “vai correr tudo bem”. “Não tenho medo. Paris aprendeu muito com os atentados de novembro. Depois disso já receberam um Tour e nada sucedeu. É difícil haver surpresas desagradáveis”, refere ao JPN.

Alcides Freire considera que os “cerca de 3 mil voluntários que terão em atenção qualquer comportamento suspeito e os peritos em análise comportamental espalhados pelo público” são “suficientes para dissuadir qualquer ideia de atentado durante a maratona”.

O jornalista não acredita que a ameaça terrorista faça diminuir o número de participantes ou afete o ambiente da prova. Muito pelo contrário: “Sinto-me especial por participar nesta maratona. Podemos criar uma onda positiva à volta de tudo isto, de forma a mostrar que nós temos esta forma de viver, em democracia, e poder escolher como queremos viver. Quando baixamos as armas os terroristas aproveitam”, confessa.

Joaquim junta-se assim aos “vários portugueses” que vão participar na maratona, sob o mote de “levar a vida o mais normal possível”.

 

Artigo editado por Filipa Silva