José Pedro Nunes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), João Nunes do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), Rita Ramalho e Francisco Sousa Vieira, ambos da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) são os quatro representantes eleitos pelos alunos para fazerem parte do Conselho Geral da Universidade do Porto (UP). As votações decorreram durante o dia 11 de abril, segunda-feira.

Conselho Geral da UP

O Conselho Geral da UP é um órgão composto ao todo por 23 membros. 12 são representantes dos docentes e investigadores, um é representante não docente, seis são membros externos à universidade e quatro são representantes dos alunos.

Francisco Sousa Vieira é aluno da FMUP. Foi um dos eleitos para representar os estudantes e, para o também presidente da Associação de Estudantes da FMUP (AEFMUP), um dos investimentos mais necessários a fazer é no “apoio social”.

“Os alunos que vão precisar mais do apoio e do impacto dos estudantes no Conselho Geral são os alunos mais carenciados”, constata Francisco. “Garantir que eles continuem a estudar no Ensino Superior” e “reduzir o abandono escolar” são as metas que o estudante de Medicina quer atingir.

Para isso, Francisco pretende criar medidas que “permitam aliviar a carga que um estudante tem ao estudar no Ensino Superior”. O alívio dessa “carga” passaria, por exemplo, pela “isenção do pagamento dos emolumentos por parte dos alunos que tenham bolsa”, refere Francisco,  falando dos 12 euros necessários para fazer uma melhoria.

Alunos bem representados?

Dos 23 membros do Conselho Geral da UP, apenas quatro são representantes dos alunos. Os professores são 12. Questionado sobre se o número de alunos com assento no Conselho Geral deveria ser maior, Francisco não hesita: “Pelo menos seis alunos, no mínimo, deveria haver”.

Além do número de estudantes que faz parte do Conselho Geral, o estudante de Medicina levanta outra questão. Dos quatro alunos, três estudam Medicina e um estuda Engenharia. Para o membro eleito, apesar de a eleição “ter sido legítima”, “ter três estudantes de Medicina acaba por não ser representativo”.

“É importante que nós, que fomos eleitos, tenhamos a consciência que representamos todos os estudantes da academia da UP”, alerta o jovem. “Temos que representar todos de igual maneira e não podemos descurar o estudante de Artes ou de Humanidades”, acrescenta Francisco, garantindo que da sua parte “isso não vai acontecer”.

A grande taxa de abstenção é outro problema a combater. “Neste ano houve menos estudantes a votarem”, constata o presidente da AEFMUP. Apesar dos esforços de divulgação e de se falar mais nas eleições, Francisco lamenta o facto de haver “um desconhecimento profundo sobre o que é o próprio Conselho Geral”.

Os alunos que representam os estudantes da UP devem estar inscritos em algum ciclo de estudos e têm de constar nos cadernos eleitorais já submetidos a correções. Para além dos quatro alunos efetivos, deve haver também quatro alunos suplentes. O mandato dos estudantes tem a duração de dois anos e são eleitos pelos alunos das 14 faculdades da UP.

Artigo editado por Sara Gerivaz