Clinton e Trump venceram, esta terça-feira, as eleições primárias no estado de Nova Iorque com uma larga vantagem sobre os rivais.

Hillary Clinton, candidata dos democratas, venceu esta terça-feira as primárias de Nova Iorque, conquistando cerca de 60% dos votos, contra os 40% de Bernie Sanders. A antiga secretária de Estado de Barack Obama encontra-se cada vez mais perto do lugar de representante dos Democratas nas eleições que vão ocorrer em novembro.

A antiga senadora de Nova Iorque realçou a importância da vitória “em casa”, tentando aproximar-se dos eleitores de Sanders: “Acredito que há mais a unir-nos do que a separar-nos”. Para Clinton, o resultado ganha relevo por interromper uma série de três vitórias consecutivas do senador de Vermont: “Começámos esta corrida não muito longe daqui, na ilha Roosevelt. Pouco menos de um ano depois, a corrida pela nomeação democrata está na reta final e a vitória está à vista”, declarou.

Consciente que a nomeação para candidata dos democratas está cada vez mais próxima, Clinton criticou os rivais republicanos: “Donald Trump e Ted Cruz estão a promover uma visão para a América que é fraturante e francamente perigosa”.

Já Donald Trump, que também “jogava” em casa, salientou o “enorme respeito” que nutre pelo estado de Nova Iorque, e que não havia “outro sítio onde preferisse conseguir a vitória”. Trump conquistou cerca de 60% dos votos, ficando à frente de Ted Cruz, o seu principal oponente no Partido Republicano, com 15%, e de John Kasich, que juntou 25%. “Ganhámos agora especialmente, depois desta noite, quase 300 delegados a mais que o Senador Cruz, por isso vamos à convenção, aconteça o que acontecer. Acho que vamos chegar lá muito fortes. Vamos à convenção como vencedores”, afirmou.

Cada vez mais perto de ser o escolhido dos republicanos, o magnata mostrou-se confiante na eleição, considerando que é o favorito a disputar as eleições que se vão realizar a 8 de novembro: “Apesar de estarmos a vencer por muitos e de ninguém nos poder apanhar – é impossível apanharem-nos -, ninguém deve aceitar delegados e declarar vitória a não ser que ganhem esses delegados através dos votos e dos eleitores”.

O milionário norte-americano reforçou a necessidade de “fortalecer o exército”, combater a “imigração ilegal” e reformular o plano de saúde pública dos EUA, o Obamacare, temas constantes ao longo da sua campanha.

Nas primárias, são eleitos os delegados que representam os estados nas convenções nacionais dos dois partidos em que vão ser escolhidos os respetivos candidatos nas eleições. Neste campeonato, Hilary Clinton soma 1.930 delegados, enquanto Sanders tem 1.189. Para obter a nomeação, um dos candidatos tem de chegar aos 2.383 de um total de 4.763 delegados.

No campo republicano, Donald Trump já recolheu o apoio de 845 delegados dos 1.237 que precisa para a nomeação republicana. Ted Cruz leva 559 delegados. No total, votam na convenção republicana 2.472 delegados.

As próximas primárias estão marcadas para 26 de abril, em cinco estados: Connecticut, Delaware, Maryland, Pensilvânia e Rhode Island. Hillary Clinton aparece nas sondagens como a favorita no Connecticut, Maryland e Pensilvânia, enquanto Donald Trump surge em vantagem nos mesmos estados e no Delaware.

As eleições para escolher o sucessor de Barack Obama realizam-se a 8 de novembro.

 

Artigo editado por Filipa Silva