A Escola Secundária Inês de Castro (ESIC), em Vila Nova de Gaia, foi palco maior da 37ª edição dos Encontros de Teatro na Escola (ECE). O grupo de teatro da escola, o “Contra-Regra”, foi o anfitrião do encontro deste ano.

De 21 a 25 de abril, centenas de alunos de todo o país rumaram a Gaia para respirar um tema: o teatro. Grupos do Porto, Alvaiázere, Serpa, Madeira, Alcains, Lisboa e Moimenta da Beira tiveram a oportunidade de receber formações na área e de apresentarem os seus espetáculos. Além disso, os alunos aproveitaram a estadia no norte para conhecer o Parque Biológico de Gaia, bem como a zona ribeirinha e marítima da cidade.

O encontro de teatro possibilitou ainda um espetáculo dos Plebeus Avintenses, “Esta Noite Improvisa-se” e uma conversa com os atores.

Mas afinal, qual é a importância destes eventos? Maria Joana Félix, organizadora da 37º edição dos Encontros de Teatro na Escola, considera que o teatro ensina aos alunos ”as chamadas soft skils, a liderança, o à vontade para falar em público, o desenvolvimento projetos, a ser persistentes e a não desistir, a aprenderem que o esforço é que nos leva aos sítios”.

Em conversa com o JPN, a professora reforça a ideia de que o contacto com jovens de diferentes regiões do país “valida aquilo que eles fazem, uma vez que no interior eles sentem-se um pouco sozinhos, aparte na escola porque faz teatro”.

Ainda assim, Joana Félix acredita que o ETE influencia, também, os alunos da escola que não participam nos clubes de teatro. Com estas atividades “pode-se chamar mais gente para o clube de teatro da escola, há muita gente curiosa”.

Quem também falou com o JPN foi Eduardo Molina, um dos formadores convidados. O ator é da opinião que o teatro em meio escolar é “fulcral no desenvolvimento social de uma criança, ao nível de interação, perder vergonhas e ser mais extrovertido”. Eduardo Molina acredita que iniciativas como os Encontros de Teatro na Escola são “muito importantes” e lamenta a “falta de recursos financeiros” para realizar outros eventos de teatro nas escolas.

Para Pedro Simões, aluno da ESIC, “todas as pessoas deveriam ter uma experiência teatral pelo menos uma vez na vida”. O jovem ator vê no teatro uma forma de “ajudar a autoestima, as capacidades motoras e de compreender a vida e as pessoas à nossa volta”.

Artigo editado por Sara Gerivaz