Os Serviços de Ação Social da Universidade do Porto (SASUP) vão implementar um conjunto de medidas para “acautelar situações de insegurança que possam vir a acontecer” na passagem entre a Residência Alberto Amaral  e a Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP).

Em causa está a denúncia feita pelo presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (AEFLUP), Daniel Gonçalves, que afirmou ao JPN que a passagem é perigosa para os estudantes que por lá passam todos os dias.

Daniel Gonçalves refere que o espaço “é escuro, não tem iluminação e tem uma vegetação completamente selvagem, o que possibilita emboscadas”.

Além disso, o estudante afirma que a zona “não tem visibilidade”, o que aumenta o sentimento de insegurança, “não só ao nível de assaltos, mas também pelo facto de uma pessoa poder ter uma queda”.

Daniel Gonçalves assegura que a AEFLUP está a fazer tudo para solucionar o problema: “A AE, num primeiro momento, falou com a diretora da faculdade. Expusemos a situação, mas no fundo a diretora desresponsabilizou-se”, refere o estudante.

“Num momento posterior dirigimo-nos à doutora Cristina Jacinto, que é a diretora dos SASUP. Até ao momento a única pessoa que me garantiu que vão estudar a situação foram os SASUP”, salienta o presidente da AEFLUP.

“A zona vai ser toda limpa”

Cristina Jacinto, diretora dos SASUP, teve conhecimento do caso pela associação de estudantes da Faculdade de Letras e afirma que os Serviços de Ação Social vão proceder à limpeza do terreno, dentro de duas semanas “no máximo”.

“A zona vai ser toda limpa, os dois projetores que lá estão e têm as luzes fundidas vão ser arranjados e as lâmpadas substituídas. Estamos também a tentar contactar com a empresa que faz a videovigilância para eventualmente colocarmos uma câmara rotativa no local”, explica a diretora dos SASUP.

Quanto às despesas de manutenção do local, a diretora dos SASUP refere que, este ano, o encargo será todo dos serviços, mas que, “no futuro, eventualmente, será partilhado com a Faculdade de Letras”. Até porque, segundo Cristina Jacinto, a faculdade está “consciente do problema, só não tinha meios para, no imediato, dar procedimento a essa questão”.

“O importante é que nos façam chegar as questões para que nós também possamos ajudar a resolvê-las”, adverte Cristina Jacinto.

“Ultimamente não temos tido relatos de grandes assaltos”

José Augusto Silva, responsável pelo Gabinete de Logística da FLUP, afirmou ao JPN que os índices de criminalidade na zona têm diminuído.

“Ultimamente, não temos tido relatos de grandes assaltos, pelo menos no que toca aos  estudantes ou ao público da faculdade. É verdade que no passado era uma zona até um pouco problemática, mas com o apoio da PSP e no âmbito do programa Escola Segura e, mesmo com a Câmara do Porto, houve uma redução significativa do número de assaltos”, referiu.

Quando confrontado com as declarações do responsável pelo Gabinete de Logística da FLUP, Daniel Gonçalves diz que “não são verdade” e que “está na altura da Logística ir visitar a passagem”.

Daniel Gonçalves diz que a AEFLUP já contactou a PSP que faz patrulha ao local e que o subcomandante lhe garantiu que “a zona foi notificada à Universidade do Porto como um espaço de risco”.

O JPN contactou a direção da Faculdade de Letras das Universidade do Porto e a PSP, mas até à publicação do artigo não foi possível obter declarações.

 

Artigo editado por Filipa Silva