A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) candidatou-se a sete projetos, no âmbito do programa Norte 2020, que contemplam cerca de 13 milhões de euros para serem investidos no património existente, até ao final do ano de 2018.

Dioceses, autarquias e agentes culturais locais são os principais alvos na mira da DRCN. As candidaturas apresentadas pela Direção Regional de Cultura do Norte visam assumir “um caráter transversal, dando continuidade ao trabalho que tem vindo a ser realizado ao longo dos últimos anos, num claro esforço de criação de sinergias alargadas a todo o território, com claras repercussões ao nível das economias locais”, esclarece a informação disponibilizada no site da DRCN.

O objetivo principal consiste na divulgação do património que é o centro das candidaturas. “Visar a salvaguarda e proteção do património, mas também a sua dinamização, divulgação e consequente fruição por parte do público”, dá a saber a DRCN.

Para onde vão os fundos da candidatura ao Norte 2020?

A candidatura ao projeto “Rota das Catedrais do Norte de Portugal” é um dos maiores investimentos – 2,5 milhões de euros – e pretende terminar um projeto que data já de 2009. Esta candidatura contempla sete Sés/Catedrais situadas na Região Norte. Braga, Bragança, Lamego, Miranda do Douro, Porto, Vila Real e Viana do Castelo são os locais propostos para a intervenção.

O projeto “Mosteiros a Norte” – com previsão de investimento similar – pretende, de igual forma “dar continuidade às intervenções de consolidação do edificado já anteriormente realizadas”, desta vez “nos Mosteiros de Arouca, Grijó, Rendufe, Tibães, Pombeiro e Vilar de Frades”.

Igualmente com 2,5 milhões de euros, a candidatura “Museus a Norte” pretende captar e chamar mais público para que o Museu de Lamego, o Paço dos Duques, o Museu da Terra de Miranda e o Museu dos Biscainhos não caiam no esquecimento. Para cumprir esse objetivo, a candidatura prevê “melhorias na divulgação, qualidade de receção, atendimento e experiência de visita”.

“Castelos a Norte” é o nome da candidatura que investe 2,5 milhões de euros nos castelos de Montalegre, de Monforte de Rio Livre (em Chaves), de Outeiro (em Bragança), de Mogadouro e de Miranda do Douro. A ação realizada nos espaços será de “recuperação, divulgação e promoção turístico-cultural”, com o objetivo de potenciar o usufruto dos monumentos pela população local e pelos turistas, nacionais e estrangeiros.

Com menos meio milhão de euros – 2 milhões estão previstos serem investidos – a candidatura “Igreja Santa Clara do Porto” pretende a “promoção e valorização” do monumento classificado como Nacional em 1910. “O seu atual estado de degradação obriga à realização de ações de reabilitação/conservação e restauro, assentes em critérios de rigor histórico, científico e técnico. O projeto, além da reabilitação do edificado e do espólio artístico integrado, visa ainda a criação de condições de receção ao visitante, assim como a valorização e promoção, atraindo novos públicos para um imóvel único na região e no País”, informa a DRCN.

Os restantes 800 mil euros vão ser distribuídos pelas candidaturas “Artes no Território a Norte” e “Dias do Património a Norte”, equitativamente. A primeira candidatura pretende dinamizar culturalmente três espaços, nomeadamente, os mosteiros de Tarouca, Tibães e Pombeiro e os castelos de Miranda, Mogadouro e Montalegre. A DRCN informa ainda que este “surge como complemento às operações ‘Mosteiros a Norte’ e ‘Castelos a Norte'”. A segunda candidatura, cuja intervenção deve estar terminada no final de 2017, – “Dias do Património a Norte” – é tido como um projeto de “turismo cultural inovador, agregador e atrativo”, que terá como ferramentas-base “a programação cultural, o trabalho de mediação com as comunidades e a comunicação ao serviço da qualificação da experiência turística e da competitividade da economia regional”.

 

Artigo editado por Filipa Silva