A derrota em Alvalade está ultrapassada. O FC Porto venceu o Vitória de Guimarães, este sábado, por 3-0, e mantém a tradição de nunca perder um jogo antes da estreia na Liga do Campeões.

Na antevisão do jogo, Nuno Espírito Santo tinha avisado que queria “o Dragão intransponível para qualquer equipa”. A ordem do treinador azul e branco foi cumprida com nota máxima. Na primeira parte, as equipas jogaram de forma equilibrada até à meia-hora de jogo. Depois veio o golo de Marcano, ao minuto 38, e com ele o clímax da primeira metade.

Na segunda parte o domínio do FC Poto foi mais evidente, a começar com um golo de Otávio logo ao minuto 46, a que se seguiu, nove minutos depois, um autogolo de João Aurélio. O marcador não mais se alterou, muito devido ao controlo  que a equipa da casa manteve, pautada por raras incursões atacantes dos forasteiros, sem causar perigo à baliza defendida por Iker Casillas.

Equilíbrio até aos últimos 15 minutos

Os vinte minutos iniciais foram de alguma igualdade, com a existência de diversos ataques por parte das duas equipas, de onde se destaca um dos casos da partida: um golo anulado a André Silva por alegada mão na bola. Nos dez minutos seguintes, os dragões foram aumentando o perigo nas incursões à baliza vimaranense, sendo de destacar a defesa de Douglas ao minuto 30, fruto de um cabeceamento de Depoitre.

Nos últimos 15 minutos, o domínio acentuou-se, o que culminou no golo de Marcano ao minuto 38, aproveitando o desvio de Depoitre ao primeiro poste que apanhou a defesa do Vitória desprevenida. Depois do golo, ainda houve tempo para mais uma chance de perigo, após um livre direto batido por Layún ao minuto 42 bater em cheio na barra.

Entrada à “bomba” com dois golos e uma estreia

O segundo tempo começou com uma substituição no Guimarães, a entrada de Bernard por troca com Alexandre Silva, não sendo preciso esperar muito para o golo de Otávio, num grande remate de fora de área do brasileiro. A bola ainda bate em Óliver, deixando Douglas sem hipótese de defesa.

Passados menos de dez minutos, novo golo no Estádio do Dragão, desta feita, autogolo de João Aurélio, resultante de um cruzamento rasteiro venenoso de Miguel Layún.

O balanço que se fazia após os primeiros 15 minutos da segunda parte, era de um Porto superior, enquanto o Vitória procurava recompor-se após os dois golos sofridos. Nota de destaque ainda para a estreia oficial de Diogo Jota com a camisola do FC Porto, por troca com Otávio.
A última meia-hora da partida foi de menor intensidade, com os dragões a controlarem o jogo, não obstante a existência de algumas ocasiões para os vimaranenses.

A obtenção dos três pontos significou o regresso às vitórias após o desaire de Alvalade e a décima primeira vitória consecutiva frente ao Vitória de Guimarães. A equipa de Nuno Espírito Santo fica no terceiro posto, com vove pontos – menos um que o Benfica, que foi vencer a Arouca na sexta-feira, e menos três que o Sporting, que bateu também este sábado o Moreirense.
Os dragões podem, contudo, seri ainda alcançados pelo SC Braga e pelo Vitória de Setúbal que jogam este domingo.

Do inconformismo e da justiça

Na zona das entrevistas rápidas, Pedro Martins sublinhou a primeira parte bem jogada pela sua equipa, que conseguiu criar algum perigo nas bolas paradas. O treinador do conjunto visitante classificou também como decisivo o segundo golo e o resultado como sendo justo, embora achasse que a equipa merecia mais.

Já Nuno Espírito Santo destacou o inconformismo da equipa na segunda parte, ao procurar o aumento da vantagem e classificou o jogo de uma “boa noite de futebol”.

Ficha de jogo
FC Porto
Onze inicial: Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe Monteiro, Iván Marcano, Alex Telles, Óliver Torres, André André, Danilo Pereira, Otávio Monteiro, Laurent Depoitre, André Silva
Suplentes utilizados: Jesús Corona, Diogo Jota e Rúben Neves
Treinador: Nuno Espírito Santo

Vitória SC
Onze Inicial: Douglas Jesus, João Aurélio, Josué Sá, Pedro Henrique, Ruben Ferreira, João Pedro, Rafael Miranda, Alexandre Silva, Pablo Hurtado, Raphael, Tiquinho Soares
Suplentes utilizados: Bernard Mensah, Bruno Gaspar e Tozé Pinheiro
Treinador: Pedro Martins