À entrada para o jogo, Nuno Espírito Santo avisou para o perigo do Copenhaga, que ainda não tinha perdido um jogo oficial nesta época. “Conhecemos bem o Copenhaga”, disse o treinador portista, mas a sua equipa não conseguiu encontrar caminho para sair vitoriosa.

Na primeira parte, o Porto remeteu o Copenhaga para a sua área e chegou cedo ao golo. Os dinamarqueses não conseguiam construir muitas jogadas de ataque. No segundo tempo, o FC Porto sofre o empate. Mesmo a jogar em superioridade numérica nos últimos vinte e cinco minutos, os “dragões” não conseguiram vencer uma equipa que se soube organizar defensivamente.

Domínio portista

O FC Porto adotou o 4-3-3 à entrada do jogo: Óliver a jogar perto de Danilo e Herrera no apoio a André Silva. As linhas portistas subiam muito e pressionavam os ataques do Copenhaga. Os dinamarqueses estavam com dificuldade em ganhar terreno aos portistas que iam criando perigo na área dinamarquesa nos primeiros minutos do jogo.

Pouco depois de Casillas defender uma cabeçada de Santander, a equipa da casa chegava à vantagem ao minuto 13. Boa jogada na área dinamarquesa, com André Silva a assistir Otávio de calcanhar e o brasileiro a rematar à entrada da área para o fundo das redes.

O FC Porto ia alternando o triângulo do seu meio-campo, com Óliver a ajudar Herrera no ataque. O Copenhaga compensava a fraca produção ofensiva com uma boa organização defensiva. Johansson e Jørgensen mantinham André Silva em cheque. Santander descia para buscar jogo e Cornelius ficava sozinho no ataque.

A equipa portista atacava pelas alas e pelo meio e o Copenhaga só conseguia travar as investidas do adversário com recurso a falta. Mas quando atacava, a equipa dinamarquesa fazia-o mais pela direita, por Greguš.

A primeira parte terminou com o jogo mais equilibrado para os dois lados.

Poucas soluções a pautar o jogo portista

O segundo tempo começa com o Porto outra vez pressionante e com o Copenhaga em dificuldades no ataque.

Mas tudo muda ao minuto 52. A equipa da casa atrapalha-se na grande área e deixa Cornelius empatar o jogo. O remate do avançado dinamarquês é bloqueado, mas no ressalto faz uso da sua altura e cabeceia para o 1-1. O Copenhaga começava a fechar melhor as suas linhas e a atacar mais a área portista.

Ao minuto 62, Nuno Espírito Santo troca Corona por Depoitre, e a equipa começa a jogar em 4-4-2, com objetivo de chegar ao golo, que estava difícil. As coisas pareciam poder ficar mais fáceis com a expulsão de Greguš aos 67 minutos, por falta sobre Otávio, mas nem assim os portistas conseguiram chegar à vantagem.

No Copenhaga, o ponta-de-lança Santander era o sacrificado para render o extremo Benjamin, e no lado portista, Brahimi entrou para o lugar de Herrera sob uma chuva de aplausos das bancadas. O argelino tinha ordens para jogar atrás de Depoitre e André Silva, e por aqui passava muito do ataque portista.

O tempo passava e os dinamarqueses deixavam de atacar para se resguardarem na defesa. O FC Porto não conseguia desatar o nó, por mais que subisse as suas linhas.

Ao cair do pano, Depoitre falha um remate de calcanhar. O jogo acaba com perigo perto das redes do Copenhaga, que soube contrariar o poderio ofensivo do Porto.

“Não fomos quem queremos ser”

No final do jogo, Nuno Espírito Santo transpareceu a ideia que ficou no ar no final do jogo: o Porto podia ter saído vitorioso. “Faltou-nos eficácia. Não fomos no cômputo geral a equipa que queremos ser”, afirmou o treinador portista em conferência de imprensa.

A equipa que esteve mais perto da vitória foi o Porto, e o resultado mais justo teria sido esse, mas, como afirma Nuno Espírito Santo, a equipa só se pode queixar de si própria: “Devia ter sido vitória, mas podíamos e devíamos ter feito mais”.

O próximo adversário do FC Porto é o Leicester – que bateu o Brugge em casa por 3-0 e lidera o grupo G – no dia 27 deste mês. A equipa de Nuno Espírito Santo tem, aliás, dois jogos fora do Dragão a contar para a Liga dos Campeões.

Esta foi uma jornada europeia morna para as equipas portuguesas. Além do FC Porto, também o Benfica empatou a uma bola em casa (diante do Besiktas). Já o Sporting esteve a ganhar em casa do Real Madrid, até ao minuto 89, mas os campeões europeus – a começar por Cristiano Ronaldo, que marcou o golo do empate – deram a volta ao texto.

Ficha de jogo
FC Porto
Onze inicial: Iker Casillas, Miguel Layún, Felipe Monteiro, Iván Marcano, Alex Telles, Óliver Torres, Herrera, Danilo Pereira, Otávio Monteiro, Jesús Corona, André Silva
Suplentes utilizados: Laurent Depoitre, Yacine Brahimi e Diogo Jota
Treinador: Nuno Espírito Santo

FC Copenhaga                                  
Onze Inicial: Robin Olsen, Peter Ankersen, Erik Johansson, Mathias Jørgensen, Ludwig Augustinsson, William Kvist, Thomas Delaney, Ján Greguš, Youssef Toutouh, Andreas Cornelius, Federico Santander
Suplentes utilizados: Benjamin Bervic, Rasmus Falk e Mikael Antonsson
Treinador: Stale Solbakken

Artigo revisto por Filipa Silva