Raúl Constante Pereira, diretor executivo do Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP), sumariza o evento em números: a 27ª edição do festival vai contar com 24 apresentações, dez espetáculos, entre os quais um concerto, quatro workshops, três “work in progress” e ainda uma livraria ambulante proveniente de Évora, recheada de livros da especialidade, e que vai circular por vários espaços da cidade do Porto.

O FIMP, cuja programação foi apresentada esta quinta-feira, no Teatro Rivoli, conta ainda com grupos de cinco nacionalidades, que vão atuar em cinco espaços convencionais – Rivoli, Campo Alegre, Teatro do Ferro, Mosteiro de São Bento da Vitória e Palácio do Bolhão -, mas também fora destes – estação de metro da Trindade, Escola Básica 2,3 do Viso, Centro Comunitário de Ramalde e Associação de Moradores do Bairro da Antiga Pasteleira.

Apresentação FIMP |

Apresentação FIMP | Foto: Patrícia Garcia

Tiago Guedes, director do Teatro Municipal do Porto, principal parceiro do festival, destaca que a aposta passa por fazer desta altura do ano uma época alta deste tipo de teatro promovendo com o FIMP, sempre em outubro, “um grande encontro da cidade com as marionetas e as formas animadas”.

Esta edição, que decorre de 13 a 23 de outubro, marca o regresso do FIMP ao Mosteiro de S. Bento da Vitória – com “Pulling Strings”, da alemã Eva Meyer-Keller (15 de outubro, 21h00 e 23h00) – mas é no Teatro Rivoli que tudo começa.

É lá que se vai poder assistir a “O Segredo de Simónides” de Raquel André (14 e 15 de outubro), projeto vencedor da bolsa de criação Isabel Alves Costa, uma iniciativa conjunta entre o FIMP e as Comédias do Minho. O encerramento faz-se com o espetáculo internacional “A Convenção dos Ventríloquos”, de Gisèle Vienne (22 outubro, 21h30).

No Teatro do Ferro, a bailarina Mickaella Dantas promove um workshop vocacionado para amputados, que aborda a dança, o desenho e a fotografia (14, 15, 16 de outubro, 18h00).

O público é ainda convidado a construir as suas marionetas a partir de sobras da poda das árvores (16 de outubro, 16h00) e a assistir a uma interpretação do conto “Querido Monstro”, de Valter Hugo Mãe (16 de outubro, 19h00).

Pela cidade, vai andar também uma livraria móvel da Fonte de Letras, vinda de Évora para animar o festival.

Igor Gandra, diretor artístico do FIMP, realça que metade das performances e atividades são gratuitas – e com lotação limitada, por isso aconselha a reserva prévia.

Este ano o FIMP decorre de 13 a 23 de Outubro e vai passar por 9 espaços: o Teatro Rivoli, o Teatro Campo Alegre, Teatro do Ferro, o Mosteiro de S. Bento da Vitória, o Palácio do Bolhão e ainda a estação de metro da Trindade, a EB 2,3 do Viso, o Centro Comunitário de Ramalde e a Associação de Moradores do Bairro da Antiga Pasteleira.

O cinema vai voltar à Trindade

Mónica Guerreiro

Mónica Guerreiro | Foto: Patrícia Garcia

À margem da apresentação da edição de 2016 do FIMP, Mónica Guerreiro, diretora municipal de Cultura, confirmou ao JPN as notícias da véspera acerca da reabertura do Cinema Trindade, não adiantando, no entanto, muitos detalhes.

O PÚBLICO avançou que o cinema vai apresentar uma programação diária na baixa na cidade, uma parceria entre a distribuidora Nitrato Filmes, a Empresa do Cinema da Trindade e Câmara do Porto.

Segundo o jornal, as duas salas da casa centenária estão a ser sujeitas a obras de adaptação mas vão manter a estética original.

Inaugurado em 1913 como salão de festas e espetáculos, o Cinema Trindade fechou a 31 de dezembro de 2000 e desde aí reabriu esporadicamente em duas ocasiões: em 2008, para receber um festival indie e em 2014 e 2015 com o “Desobedoc”, uma mostra de cinema organizado pelo Bloco de Esquerda.

Artigo editado por Filipa Silva