O FC Porto venceu este sábado o Gafanha por 3-0 e segue em frente na Taça de Portugal. No primeiro jogo entre as duas formações, os “azuis e brancos” levaram a melhor, graças a um golo de Otávio aos 32’ minutos, de Corona à entrada para os últimos vinte e de Depoitre já em cima do final de um encontro dominado pelos portistas.

Nuno Espírito Santo não entrou em poupanças diante do clube aveirense que milita no terceiro escalão, num sinal de aposta clara na competição e tendo como objetivo dar ritmo aos jogadores antes da deslocação a Brugge, num jogo extremamente importante para os “dragões”.

José Sá foi o guardião eleito, Maxi regressou à titularidade dois meses após a lesão em Roma, com Boly a fazer companhia a Marcano no eixo, e Alex Telles a fechar o quarteto defensivo. No meio campo, Danilo foi o elemento mais recuado, Oliver e Otávio ocuparam as faixas com Herrera no centro, num ataque entregue a Diogo Jota e André Silva.

Golo chegou perto do intervalo

Começaram melhor os “azuis e brancos”, com um remate forte do ponta-de-lança português, que passou por cima logo aos quatro minutos, na sequência de pontapé de canto.

O primeiro quarto de hora foi disputado a um ritmo lento, com o FC Porto a trocar a bola e a progredir com calma no terreno de jogo, mas sem conseguir encontrar espaço no último terço do campo.

A formação portista atacava sobretudo pelo lado esquerdo, com Otávio a mostrar os habituais pormenores técnicos que desequilibram defesas, quando encontrou Oliver à entrada da área para um poderoso remate travado por Diogo Almeida.

O Gafanha, recuado no terreno, travava as investidas do seu adversário, que ia-se mostrando bastante previsível e sem intensidade.

À passagem da meia-hora de jogo, num lance que começou com um canto do primeiro classificado do Campeonato de Portugal Série D, Maxi disparou sobre o corredor esquerdo, tocou para Otávio que, com uma excelente rotação, tirou dois defesas do caminho e inaugurou o marcador no Municipal de Aveiro, com um remate colocado.

O golo soltou o FC Porto no jogo, que procurava o segundo ainda antes do intervalo. Herrera levava a bola para frente, lateralizando o esférico, em busca de cruzamentos que encontrassem André Silva no coração da área.

A cinco minutos do descanso, destaque para um cabeceamento de Diogo Jota que, em boa posição, atirou ao lado. Em cima do intervalo, o Gafanha esteve perto de empatar, primeiro num pontapé poderoso de Renan, e por intermédio de Mino que desviou por cima um bom cruzamento do médio brasileiro.

O resultado adaptava-se às incidências do encontro. Os “dragões” tinham mais iniciativa, mas sem circular com grande velocidade, perante um oponente que apareceu apenas no último minuto da primeira parte.

Intensidade foi a palavra de ordem

A equipa de Nuno Espirito Santo voltou a entrar melhor, com Diogo Almeida a bloquear os remates de Diogo Jota por duas vezes, que se mostrava desinspirado após ter marcado três golos ante o Nacional da Madeira.

O golo da tranquilidade tardava em chegar, com o Porto a pressionar alto, mas a evidenciar dificuldades em trocar os flancos de jogo e apostar em iniciativas individuais dos seus criativos.

O técnico portista queria maior presença nas últimas linhas, lançando três alterações de uma assentada: Corona, Brahimi e Depoitre renderam Otávio, Jota e André Silva, respetivamente.
O argelino foi o primeiro a mostrar vontade, com um remate cruzado, depois de um movimento de fora para dentro, novamente a passar ao lado da baliza.

Dois minutos volvidos, Corona tranquilizou os portistas presentes em Aveiro. Alex Telles cobrou o canto, Marcano fez o primeiro desvio, e o avançado mexicano, livre de marcação, empurrou para o fundo das redes, apontando o seu terceiro golo esta temporada.

Conscientes que dificilmente seria possível inverter o resultado, e a mostrar claras dificuldades físicas, o Gafanha foi incapaz de reagir, com o FC Porto a controlar tranquilamente a eliminatória.

Em cima do apito final, Corona voltou a justificar a aposta do técnico. O extremo trabalhou bem na direita, e com um cruzamento bem medido descobriu Depoitre, que finalizou de cabeça, estreando-se a marcar com a camisola azul e branca.

Até ao final do encontro, o resultado não sofreu mais alterações.

“Era importante os jogadores restabelecerem dinâmicas”

No final do jogo, o técnico portista montrou-se satisfeito com o resultado, salientando que a equipa “cumpriu a sua obrigação, de forma contundente”. Quando questionado sobre as opções para o encontro, Nuno Espirito Santo deixou claro que era fulcral “os jogadores consolidarem o trabalho que têm vindo a fazer e restabelecerem as dinâmicas de jogo”.

Do outro lado, Nuno Pedro mostrou-se surpreendido pelo facto do Porto ter apresentado um “onze” muito semelhante à sua equipa base, dado o facto “do jogo importante que terão para a Liga dos Campeões”. Ainda assim, assumiu que o resultado se adequa.

“Sinto-me orgulhoso por aquilo que os meus jogadores fizeram. Fomos uma equipa com caráter”.
O FC Porto venceu com tranquilidade o adversário. Após marcar o segundo golo, limitou-se a gerir a partida ante um Gafanha incapaz de responder à superioridade dos “dragões”.

Ficha de jogo
Competição: Taça de Portugal – 3ª Eliminatória
Estádio: Municipal de Aveiro;

Equipa de arbitragem
Árbitro:
Jorge Ferreira
Árbitros Assistentes: Inácio Pereira e Jorge Oliveira
Quarto Árbitro: Albano Correia

Futebol Clube do Porto
Onze inicial: José Sá; Maxi Pereira, Boly, Marcano, Alex Telles; Danilo; Oliver Torres, Héctor Herrera, Otávio; Diogo Jota, André Silva;
Suplentes utlizados: Brahimi, Corona e Depoitre;
Treinador: Nuno Espírito Santo;

Grupo Desportivo da Gafanha
Onze inicial: Diogo Almeida; Bem-Haja, Pedro Santos, Adilson, Tavares; Maurício; Pedro Oliveira, Elisson Santos, Renan; Nadson, Mino;
Suplentes utlizados: Luís Breda, Rúben Silvestre e Pedro Oliveira;
Treinador: Nuno Pedro;

Artigo revisto por Filipa Silva