Quatro vezes mais autocarros na noite de Ano Novo

As 12 linhas da Rede de Madrugada dos Serviços de Transportes Coletivos do Porto (STCP) vão ser reforçadas na noite de Passagem do Ano no Porto, quadruplicando a sua capacidade habitual.

De acordo com a vereadora da Mobilidade da Câmara Municipal do Porto, Cristina Pimentel, a frequência nestas linhas vai ser de 15 em 15 minutos, tendo um intervalo de 10 minutos em alguns casos, entre as 21h00 de 31 de dezembro e as 5h30 do dia 1 de janeiro de 2017.

A Câmara estima que o aumento da frequência confira uma capacidade de transporte acrescida de 3 mil passageiros por hora, em cada linha.

A informação foi prestada na manhã desta segunda-feira, no âmbito da apresentação da operação da passagem do Ano Novo no Porto, bem como das novas instalações do Centro de Gestão Integrada da cidade, numa cerimónia que contou com vários elementos do Executivo camarário e de forças de segurança da cidade.

Parques de estacionamento com tarifa única

Aquele que a autarquia considera ser “o mais completo e intenso serviço de transporte noturno de sempre na cidade”, vai ter, além dos autocarros, o Metro que estará a operar a 100% da sua capacidade nas linhas A, B, C, D e F. Só a Linha do Aeroporto não vai estar a operar nessa noite.

Os automobilistas são convidados a deixar os automóveis em casa ou, em alternativa, num de três parques de estacionamento: Estádio do Dragão, Casa da Música ou no parque do Campo Alegre. Em todos, é garantida uma tarifa única de 0,95 cêntimos por 12 horas de estacionamento. O Parque da Trindade vai ser gratuito para utilizadores de veículos de duas rodas.

Estes valores são válidos para utilizadores do Andante. É aconselhável que os utentes adquiram ou carreguem as viagens antecipadamente para evitar filas.

Está ainda desenhado um perímetro que abarca toda a zona central da cidade, no qual haverá condicionamentos de trânsito geridos pelas forças de segurança.

Vão ser retiradas algumas esplanadas e partes do mobiliário urbano para facilitar a circulação. Estão assegurados corredores de segurança de acesso aos hospitais e equipas de socorro em veículos e a pé.

Missão: retirar pressão dos Aliados

Os Aliados continuam a ser, como lhe chamou o presidente da Câmara, Rui Moreira, “a sala visitas” da Passagem de Ano no Porto, mas este ano houve um esforço para retirar alguma pressão do palco principal.

Por isso, a Porto Lazer criou três palcos alternativos (ver caixa) e alargou o período de programação.

Nos Aliados vão atuar, como já tinha sido anunciado, os Blind Zero, a partir das 22h30, e Os Azeitonas, a partir das 0h30.

Uma contagem regressiva inovadora está prometida, bem como um espetáculo piromusical entre as 00h00 e as 00h15.

Ao todo, a Câmara espera receber cerca de 100 mil pessoas nos Aliados, sendo a Invicta, segundo Rui Moreira, “o destino mais procurado do país” nesta altura do ano.

Esta manhã foi também assegurado um reforço nos WC portáteis, dos bares e dos ecrãs gigantes. Em relação aos primeiros, Nuno Lemos, da Porto Lazer, não quantificou o reforço mas disse ao JPN que será um aumento “considerável” na zona envolvente dos Aliados e nas zonas adjacentes aos três palcos secundários. Assegurou também que haverá, pela primeira vez, casas de banho para pessoas com mobilidade reduzida.

O ambiente e a limpeza também fazem parte da operação e, por isso, a câmara garante que a Avenida dos Aliados vai estar limpa “às primeiras horas de sol”, dando o exemplo do ano passado em que a operação ficou concluída pelas 08h00.

CGI, o “cérebro” da operação

Esta mega-operação, que junta animação, transportes, proteção civil, segurança e ambiente vai ser gerida a partir do Centro de Gestão Integrada do Porto. Esta unidade encontra-se agora totalmente operacional nas novas instalações criadas num edifício do Batalhão de Sapadores de Bombeiros do Porto, à Constituição.

Descrito como o “cérebro” e o “coração” do que se passa na cidade, o CGI assume particular importância em grandes eventos como a Passagem de Ano ou a noite de São João. Esta unidade facilita a tomada de medidas imediatas, de forma coordenada e centralizada.

O CGI tem uma sala de operações e uma sala de crise. Na sala de operações estão montados 10 ecrãs de 47 polegadas, nos quais são injetadas imagens de 40 câmaras de vídeo espalhadas pela cidade (o Porto tem mais de 130 acessíveis pelo CGI). A partir das imagens debitadas e de outros equipamentos instalados nos 16 postos de trabalho ali dispostos é possível aos elementos da Polícia Municipal, PSP, da gestão de tráfego, de emergência ou da gestão de resíduos e ambiente trabalharem de forma integrada.