Segundo a edição desta segunda-feira do Jornal de Notícias, a Metro do Porto estaria a estudar a execução parcial da linha de metro do Campo Alegre. O projeto permitiria ligar a estação da Casa da Música a pontos fulcrais da zona, como o Hospital de Santo António, o Palácio de Cristal e o pólo universitário (constituído pelas Faculdades de Letras, Ciências e Arquitetura da Universidade do Porto). Na reunião de câmara, Rui Moreira afirmou ter contactado a administração da Metro do Porto, que lhe desmentiu a notícia.

Ainda em 2016, o Governo anunciou o investimento de 400 milhões de euros na expansão das redes de metro de Lisboa e Porto. A Invicta beneficiará de cerca 240 milhões de euros na área metropolitana. Uma das propostas de estudo enviadas ao Ministério do Ambiente seria a expansão da linha de metro na zona ocidental do Porto, entre Matosinhos Sul e São Bento (estações terminais), passando pelo Campo Alegre e a Foz.

O JN avançou esta segunda-feira que a possibilidade da execução parcial desta linha estaria em cima da mesa, já que o custo total entre o Porto e Matosinhos seria superior a 320 milhões de euros. A solução passaria pela construção faseada da linha de metro, que permitiria a ligação direta entre a estação da Casa da Música e o Campo Alegre, num total de seis estações.

O presidente da Câmara Municipal do Porto, quando questionado pelo vereador do PSD, Ricardo Almeida, acerca desta proposta, afirmou ter falado com Jorge Delgado, presidente do conselho de administração da Metro do Porto, após a notícia do jornal. “Disse-me que não correspondia à realidade”, respondeu o autarca, sem adiantar mais pormenores.

O JPN contactou a Metro do Porto, que não quis prestar qualquer comentário acerca do assunto.

O vereador da CDU, Pedro Carvalho, questionou na reunião da câmara, a demora das obras no Bairro do Bom Sucesso — cujo começo está previsto para este ano. Após uma visita ao local, o vereador constatou as más condições em que se encontram algumas habitações. “Há pessoas que já pintaram a casa várias vezes”, disse.

Manuel Pizarro, do pelouro da habitação, afirmou não poder avançar uma data precisa. Tanto Rui Moreira como o vereador socialista alertaram para o facto de um terço do bairro pertencer a privados. “Temos de perceber em que moldes podem participar na reabilitação”, referiu o autarca.

Os projetos definitivos e aceites pelo Governo, quanto às linhas de metro a financiar, serão conhecidos este ano e as obras começarão apenas em 2018. Outras propostas em análise pela tutela são a construção da ligação entre o ISMAI e a Trofa, prolongamento da linha amarela até Vila d’Este em Gaia e da linha laranja ao centro de Gondomar, e uma ligação entre a Senhora da Hora e o Hospital de São João.

Atualmente, a acessibilidade dos transportes públicos na zona do Campo Alegre é assegurada pela Metro do Porto, através da estação Casa da Música. A chegada a determinados pontos, como a Faculdade de Letras da Universidade do Porto ou o Palácio de Cristal, é feita através dos autocarros da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP).