O Boavista deslocou-se até ao Estádio Municipal de Arouca, este sábado, para vencer a equipa da casa por 2-1, em jogo da 18ª jornada do campeonato. Foi o retomar do caminho das vitórias, após o empate na Luz. Os golos dos axadrezados foram marcados por Idris e Iuri Medeiros e o resultado permitiu à equipa da cidade do Porto subir ao oitavo lugar.

O Arouca partia para o jogo com a possibilidade de chegar às quatro vitórias consecutivas na Liga, algo que nunca conseguiu fazer desde que subiu à primeira divisão. Já o Boavista, foi a jogo com o objetivo de, após um empate na Luz frente ao Benfica, voltar às vitórias, o que daria a possibilidade de subir na classificação.

As equipas apresentaram-se em campo com alterações. O Arouca, treinado por Lito Vidigal, entrou com Tomané no lugar de Walter Gonzalez e Rui Sacramento no de Bracalli, lesionado. Já o Boavista foi forçado a fazer uma alteração, fruto da expulsão de Agaev no jogo da jornada passada, sendo substituído por Mickael Meira.

Na primeira ocasião de perigo do jogo, o Arouca marca por Tomané, ao minuto 8. Na sequência de um alívio feito pelo defesa-direito Anderson, Tomané aproveitou um deslize de Philippe Sampaio e disparou para a baliza axadrezada, beneficiando também de um ligeiro adiantamento de Mickael Meira.

Para a resposta dos axadrezados não foi preciso esperar muito tempo, pois o Boavista quase empata ao minuto 11. O desentendimento entre Rui Sacramento e Jubal, jogadores da equipa da casa, quase resultou em golo. A bola foi desviada para canto.

O 1-1 chegou na conversão do canto por Fábio Espinho. Idris sobiu mais alto do que a defesa arouquense e marcou de bola parada. Anderson, já para lá da linha de golo, ainda tentou evitar que a bola entrasse na baliza, mas o árbitro validou o lance, estabelecendo assim a igualdade no marcador.

Quatro minutos depois do empate, nova ocasião de perigo para o Boavista. Lance de Schembri pela esquerda e Talocha cabeceia para longe da baliza defendida por Rui Sacramento. Os primeiros 20 minutos da partida ficaram marcados por uma cadência de jogo bastante elevada, fruto dos dois golos marcados, ritmo que diminuiu após a expulsão de Lito Vidigal, treinador do Arouca, por protestos.

Os axadrezados continuavam a mostrar que a pantera queria a vitória em nova ocasião de perigo ao minuto 30. Contra-ataque conduzido por Renato Santos que passa para Fábio Espinho. À entrada da área, o médio rematou com perigo em direção à baliza do Arouca, para uma boa defesa de Rui Sacramento.

O final da primeira parte ficou marcado por um ligeiro ascendente do Arouca, que embora tomando a iniciativa de jogo, não efetuou mais nenhum remate perigoso para a baliza defendida por Mickael Meira apesar de nos últimos minutos ter conquistado vários cantos de seguida.

Boa segunda parte axadrezada e falta de eficácia arouquense

O segundo tempo começou sem alterações nas equipas e com uma grande defesa de Rui Sacramento ao minuto 48, após remate perigoso de Renato Santos à entrada da área.

O golo da vitória do Boavista, marcado por Iuri Medeiros, surgiu ao minuto 62, em resultado de um contra-ataque conduzido pela esquerda, no qual o jogador emprestado pelo Sporting remata cruzado para dentro da baliza defendida por Rui Sacramento a partir de um ângulo apertado.

A primeira metade do segundo tempo não teve mais momentos de destaque além do golo do Boavista que jogava contra um Arouca que apesar de ter maior posse de bola, não traduzia isso em perigo para a baliza contrária. Destaque para um lance polémico ao minuto 76, em que Iuri Medeiros é tocado por um adversário à entrada da grande área, levando os axadrezados a pedirem grande penalidade.

Os últimos 20 minutos da partida ficaram marcados por uma diminuição do ritmo, com um Boavista que soube aguentar bem a pressão do Arouca. A equipa de Lito Vidigal só conseguiu chegar à baliza adversária algumas vezes, mas sem nunca causar verdadeiro perigo.

Também de destacar a expulsão de Jorge Couto, membro da equipa técnica do Boavista ao minuto 86 e ainda, nos minutos de compensação, uma iniciativa de Iuri Medeiros que tentou surpreender Rui Sacramento com um chapéu, mas sem efeito.

O resultado final permite aos axadrezados subir ao oitavo lugar, em igualdade pontual com o Rio Ave e com o Chaves, que joga amanhã contra o Nacional da Madeira. Em relação ao Arouca, vê chegar ao fim uma série de três vitórias consecutivas, e desce para o décimo lugar da classificação.

Leal destaca garra e dedicação

No final do encontro, em declarações à SportTV, Miguel Leal destacou que o objetivo principal para o jogo era não perder pontos. Fazendo referência às faixas mostradas pelos adeptos axadrezados, o treinador sublinhou a garra, dedicação e o espírito que a sua equipa demonstrou ao longo dos 90 minutos. Em relação aos objetivos pretendidos pelo clube, o treinador respondeu que a manutenção é a principal meta, não descurando uma eventual luta pelas competições europeias.

Do lado do Arouca quem falou à imprensa foi o treinador-adjunto Manuel Gomes, mais conhecido como Professor Neca, que sublinhou que a sua equipa assumiu o controlo do jogo e que o golo do Boavista surgiu de uma das muitas transições rápidas efetuadas pelos portuenses. Mencionou ainda que a equipa merecia outro resultado, pois mesmo em desvantagem, jogou como uma equipa grande, que queria ganhar o jogo.

Ficha de jogo
Competição: 
Liga NOS (18ª jornada)
Estádio: Estádio Municipal de Arouca
Árbitro: Hugo Miguel (AF Lisboa)
Golos: Tomané (8′), Idris (12´), Iuri Medeiros (62´)
Cartões Amarelos: Iuri Medeiros (79´), Idé Gomes (85´), Walter Gonzalez (89´), Crivellaro (92´)

Boavista FC
Onze inicial:
  Mickael Meira; Edu Machado, Lucas, Philipe Sampaio, Talocha; Idris (C), Fábio Espinho, Anderson Carvalho, Renato Santos, Iuri Medeiros; André Schembri
Suplentes utilizados:
 Carlos Santos, Carraça e Idé Gomes
Treinador: Miguel Leal

FC Arouca
Onze inicial:
 Rui Sacramento; Anderson Luís, Jubal, Nuno Coelho (C), Nelsinho; André Santos, Adilson Goiano, Jorginho; Artur, Mateus, Tomané
Suplentes utilizados: Kuca, Walter Gonzalez e Crivellaro
Treinador: Lito Vidigal

Artigo editado por Filipa Silva