Desde o anúncio do investimento do Estado na extensão da rede do metro do Porto em 2016, várias propostas foram colocadas em cima da mesa. A extensão da linha D (amarela), a construção parcial de uma linha na zona ocidental do Porto e uma segunda linha de metro em Gondomar parecem ser as apostas mais bem posicionadas junto do Ministério do Ambiente. Porém, o ministro João Pedro Matos Fernandes só confirma em fevereiro.

A edição desta terça-feira do jornal “Público” avança que o estudo pedido pela administração da Metro do Porto beneficia o investimento em Vila Nova de Gaia e no Porto, os concelhos mais populosos da Área Metropolitana do Porto. O prolongamento da linha amarela até Vila d’Este em Gaia (a estação terminal é em Santo Ovídio) e uma ligação entre a Casa da Música e São Bento (formará um eixo de circulação no Campo Alegre) levam, por isso, alguns pontos de vantagem.

No entanto, na reunião de câmara da semana passada, Rui Moreira, presidente da autarquia do Porto, dizia desconhecer a proposta de ligação do metro, que abrangeria a Casa da Música e o Campo Alegre. Inicialmente, a linha de metro proposta nesta zona era maior: ligaria a baixa portuense a Matosinhos, mas o elevado investimento para a sua construção, não permitiu que fosse levada avante. O JPN tentou contactar a Câmara Municipal do Porto, contudo não obteve resposta.

O ministro do Ambiente tem evitado comentar o assunto e remete a decisão para o próximo dia 7 de fevereiro. Matos Fernandes confirmou aos jornalistas, à margem da cerimónia dos Green Project Awards 2016 desta segunda-feira, que serão as conclusões do Centro de Investigação do Território, Transportes e Ambiente (Citte) — a entidade responsável pelo estudo –, a determinar as considerações finais sobre o investimento na rede da Metro do Porto.

Apesar de já ter dois candidatos à extensão da linha de metro, o Ministério terá recebido ainda a proposta da Câmara Municipal de Gondomar, segundo o “Jornal de Notícias”. A necessidade de estender o serviço de transporte até ao centro da cidade terá levado a autarquia a propor uma ligação entre Largo do Souto (Gondomar) e o Estádio do Dragão, com duas estações no Porto: uma no Lagarteiro e outra no Cerco. O diário avança que o Partido Socialista da Invicta, que integra o executivo de Rui Moreira, é favorável a esta solução.

Porém, apenas dois concelhos poderão beneficiar do investimento do Estado: segundo o “Público”, as obras no Porto podem custar 140 milhões de euros, já as de Gaia ascendem aos 120 milhões. O custo da proposta enviado ao Ministério do Ambiente pela autarquia de Gondomar fica por 110 milhões de euros. As linhas nos três concelhos seriam superiores aos 280 milhões previstos para o investimento na rede do Metro do Porto.

A decisão final será anunciada pelo ministro de Ambiente daqui a duas semanas, 7 de fevereiro, quando se deslocar até ao Porto.