Desde que chegou ao Porto em outubro, a exposição “Joan Miró: Materialidade e Metamorfose” tem captado muita atenção. Cerca de 95 mil pessoas visitaram esta coleção, outrora pertencente ao antigo BPN (Banco Português de Negócios) e que está hoje em permanência na Fundação de Serralves. A adesão justificou o prolongamento da exposição até 4 de junho. Mas 2017 não fica reservado apenas a Miró: a Casa Manoel de Oliveira começa a ser construída em julho.

O anúncio dos dois destaques na programação de Serralves foi feito esta terça-feira por Ana Pinho, presidente da Fundação. A coleção Miró que alimentou várias notícias durante 2016 quanto ao seu destino, finalmente encontrou casa na instituição portuense em outubro. Segundo o Correio da Manhã, Ana Pinho lembrou que os quadros de Joan Miró — pintor nascido na Catalunha — ficarão em exposição permanente num espaço criado para o efeito. Neste momento, podem ser vistos numa área temporária de Serralves.

A data para a mudança dos quadros para o espaço definitivo ainda não pode ser avançado, segundo a presidente de Serralves, uma vez que a área precisará de obras de adaptação. Porém, o próximo ano está na mira. A coleção Miró tem cerca de 85 obras, que neste momento estão espalhadas por várias galerias da Fundação. Até 4 de junho, é possível visitá-la.

Quanto à Casa Manoel de Oliveira, tudo aponta para que em julho comece a ser construída deste ano, estando a abertura prevista para o verão de 2018. Foi ainda em vida que o realizador Manoel de Oliveira, em 2013, assinou um protocolo com Serralves para que fosse construída uma casa do cinema com o seu nome. O essencial do projeto mantém-se: irá albergar algum espólio do realizador portuense, um pequeno auditório e uma área para exposições.

O arquiteto Siza Vieira será o responsável pela conceção do espaço, já a escolha da construtora para a Casa Manoel de Oliveira está a ser analisada por um júri. O mês de julho deste ano é apontado como o início da construção, o que calendariza a abertura para o verão de 2018.

O projeto está avaliado em cerca de 3,7 milhões de euros e segundo o que foi anunciado esta terça-feira, estará também dependente da ajuda de fundos comunitários.

Como vem sendo habitual, “Serralves em Festa” e “Jazz no Parque” são outros dos eventos programados para este ano.