O  Ministério Público confirmou, esta quinta-feira, a instauração de um inquérito de forma a esclarecer as suspeitas que envolvem o jogo ocorrido na passada segunda-feira, entre o Feirense e o Rio Ave.

Ao JPN, o MP informou ainda que este processo vai correr no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Aveiro, mais concretamente na secção de Santa Maria da Feira.

A investigação segue agora para o apuramento dos factos que terão levado à suspensão das apostas online, em diversas plataformas, ainda antes do arranque do jogo da primeira liga portuguesa.

O Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia justificou a suspenção das apostas relativas ao jogo Feirense-Rio Ave, numa nota publicada online, com o “volume atípico de apostas registado” e com o “risco financeiro envolvido”.

Da parte dos clubes envolvidos, tanto o Feirense como o Rio Ave afastam-se de quaisquer situações que ponham em causa a verdade desportiva. O clube de Santa Maria da Feira chega mais longe afirmando, em comunicado, que esta situação põe em causa o bom nome dos dois clubes, pois “lançou dúvidas e suspeição (de forma irresponsável) sobre duas instituições de prestígio no panorama desportivo nacional, frequentemente apontadas como referenciais de retidão e cumprimento”.

Joaquim Evangelista , presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, recomendou “cautela” nas análises, mas realça que é preciso não ignorar o problema das apostas ilegais: “Não vale a pena fingir que o fenómeno não existe. Não sejamos hipócritas”, declarou ao JPN.

Artigo editado por Filipa Silva