O processo de apreciação de candidaturas a bolsas de estudo está mais atrasado em relação ao ano passado na Universidade do Porto.

A 2 de fevereiro, estavam por analisar 806 processos de candidatura a bolsa de estudo na Universidade do Porto. Segundo dados disponibilizados no site da DGES, existem 492 casos em “processamento” na instituição. Os restantes 314 estarão pendentes por razões não imputáveis à UP. Ainda assim, os Serviços de Ação Social da Universidade do Porto admitem um aumento do número de casos em espera em relação ao mesmo período do ano letivo anterior, quando estavam por analisar nesta altura 307 candidaturas (menos 125 em relação a este ano).

Os SASUP adiantam que “pontualmente foram efetuados adiantamentos de bolsa (três casos) e foram tomadas medidas internas com o objetivo de tão rápido quanto possível” se divulgarem os resultados.

A presidente da Federação Académica do Porto, Ana Luísa Pereira, considera a situação “inadmissível nos tempos em que vivemos”. A dirigente associativa aponta para problemas na plataforma informática, os quais terão sido admitidos pela própria Direção-Geral do Ensino Superior e que podem “resultar, possivelmente, no abandono do ensino superior por parte dos estudantes”.

Ana Luísa Pereira propõe que “os estudantes que já tenham bolsa de estudo atribuída, pudessem ter uma contratualização por um período alargado, em relação à sua renovação. Ou seja, que não houvesse necessidade que o estudante que já viu a sua bolsa atribuída uma vez, tenha de voltar a fazer todo o processo”.

Nesta situação, a FAP está focada em “ações concretas, em desenvolver propostas quer ao nível da contratualização quer ao nível da simplificação do processo, que faça com que no próximo ano letivo estas situações não se repitam”.

Para que estes atrasos deixem de ser uma realidade, os SASUP falam em prevenir o problema de base, “contando com a sensibilização de todos os intervenientes no processo para melhoria da infraestrutura eletrónica da DGES, para que a situação não se repita no próximo ano”.

Artigo editado por Filipa Silva