O projeto do arquiteto Nuno Brandão Costa é o vencedor do concurso público da Câmara Municipal do Porto para a conceção do terminal intermodal de Campanhã. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira pelo júri liderado por Carlos Prata, na sede da empresa municipal de Obras Públicas. Apesar das 22 candidaturas em análise, a escolha foi unânime e premiou o arquiteto portuense com 12.500 euros.

O projeto, que tem um custo mínimo estimado de 6,5 milhões de euros, tem como aspetos-guia a mobilidade urbana, a sustentabilidade ambiental e o paisagismo. O plano da autoria de Nuno Brandão Costa vai permitir também a remodelação do espaço envolvente. Para além das estruturas dedicadas aos meios de transporte, o projeto inclui a criação de espaços verdes urbanos, lugares de estacionamento, ciclovias e percursos pedonais de fácil acesso.

O transporte individual em automóvel também vai ser contemplado com um espaço próprio para prevenir a elevada afluência de carros, que é previsível devido à proximidade da Via de Cintura Interna e das autoestradas A1, A3 e A4.

Planta do piso 0 do terminal de Campanhã no projecto de Nuno Brandão Costa.

Planta do piso 0 do terminal de Campanhã no projecto de Nuno Brandão Costa. Câmara Municipal do Porto

Em segundo lugar ficou o gabinete Pablo Pitta Arquitectos e em terceiro lugar o Gabinete MVCC, de Mercês Vieira Camilo Cortesão. Ambos foram premiados com 10 mil e 7.5000 euros, respetivamente.

Rui Moreira relembrou que a “intermodalidade que a nova plataforma vai trazer era uma questão fundamental identificada há muitos anos” e valorizou a mobilização das pessoas nesta campanha que, segundo o próprio, não foi apenas sua e “envolveu toda a gente”.

Campanhã não será esquecida

Questionado sobre algumas carências da área oriental da cidade, o presidente da câmara do Porto garante que a autarquia “está a dar prioridade a essa zona” e que “a sua população não está esquecida”.

Quanto ao projeto recém-eleito, Rui Moreira preferiu aguardar mais desenvolvimentos e não adiantar comentários, referindo apenas que “o investimento mínimo na obra será de 7 milhões de euros”. O autarca avançou ainda que a empreitada pode começar em 2018, sendo que o concurso público para a execução da obra será lançado com a brevidade possível.