Não é a primeira vez que Marcelo faz voluntariado. Mesmo depois de ser eleito Presidente, a vontade de ajudar (demonstrada ainda antes do mandato) ocupa espaço na sua agenda. Esta quinta-feira à noite, esteve no espaço C.A.S.A no Porto.

Entre cumprimentos, selfies e a oferta de um livro, Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao restaurante solidário e vestiu a t-shirt de voluntário, acompanhado de Manuel Pizarro, vereador da Habitação e Ação Social da Câmara Municipal do Porto (CMP).

Os voluntários reuniram-se para distribuir tarefas e Marcelo não hesitou em juntar-se ao grupo, atento ao que estava a ser dito. “Vamos lá começar”, disse o Presidente antes de pegar na tigela da sopa para servir ao primeiro utente. A ele, juntaram-se mais pessoas acolhidas pelo Centro de Apoio ao Sem-Abrigo, que todos os dias distribui e fornece refeições quentes em vários pontos do país.

A presença do Presidente da República agitou o restaurante solidário durante todo o jantar. Uns tiravam fotografias, outros tentavam falar com ele e dar a sua opinião, mas também havia quem apenas quisesse comer a refeição quente. “Desde novo que participo neste tipo de iniciativa e, portanto, isto é um regresso àquilo que fiz quando era novo, e que nunca deixou de estar presente no meu espírito”, afirmou.

Onde está o plano nacional?

Em 2016 não houve um plano nacional de apoio a sem-abrigo, mas um prolongamento parcial. Segundo o Chefe de Estado, este plano é vital pois “há muitas instituições que estão à espera”.

“Trata-se de ter a noção do levantamento das necessidades em todo o país, sobretudo nos grandes centros urbanos e, por outro lado, apoiar as instituições, que são muitas”, disse Marcelo aos jornalistas.

O Presidente da República mencionou ainda “os que têm casa, mas não têm condições na alimentação, assim como também o apoio domiciliário aos mais idosos que não conseguem sair de casa”. O principal objetivo é fazer com que estas pessoas “não se sintam a mais, esquecidas ou abandonadas”, pois cada um “tem o seu papel na sociedade e temos de puxar pela sua dignidade e importância”, acrescenta Marcelo.

Manuel Pizarro já dissera ao JPN que é essencial um plano nacional de ação para ajuda dos sem-abrigo, mas que esse plano não pode existir sem uma participação dos níveis mais próximos do poder, como as autarquias.

Enquanto distribuía as refeições, Marcelo parava sempre para ouvir e falar com quem o abordava. “Não me vou esquecer disto”, disse com ânimo um dos utentes quando o presidente lhe pousou o prato.

Depois do serviço no C.A.S.A, a missão do presidente da República continuou no parque de estacionamento da Trindade, onde os voluntários da Associação Amor Perfeito distribuíram refeições a pessoas carenciadas.

Artigo editado por Rita Neves Costa