Foi há 60 anos que se assinou o tratado que deu origem à atual União Europeia. O Tratado de Roma de 1957 tinha por objetivo criar um mercado comum, onde tanto os cidadãos dos países que dele faziam parte, como os bens e serviços pudessem circular livremente.

A criação desta união surge no pós-Segunda Guerra Mundial como uma forma de os países cooperarem uns com os outros e evitar assim possíveis conflitos. Perseguiam-se ideais de paz, união e prosperidade.

Inicialmente, a ligação entre os países era aduaneira com a constituição da Comunidade Económica Europeia (CEE), herdeira da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) que data do início da década de 50. Essa união passou mais tarde a ser também política.

Alemanha, Países Baixos, Bélgica, França, Luxemburgo e Itália foram os vanguardistas daquela que é, atualmente, a união de 28 países europeus.

Foi em 1993, com a entrada em vigor do Tratado de Maastricht, que a designação da CEE passou a ser União Europeia, com a cooperação entre os Estados-membros a ser alargada a outras áreas, tais como a saúde, o ambiente, a educação ou a justiça.

 Portugal na UE

Depois do 25 de Abril de 1974, Portugal atravessou um período de grande instabilidade política. Em 1985, foi assinado o Tratado de Adesão à Comunidade Europeia e a 1 de janeiro de 1986, Portugal passou a fazer parte da Comunidade Económica Europeia. A adesão portuguesa à UE ajudou à estabilidade democrática e económica.

Portugal pertence ao espaço Schengen – política de abertura de fronteiras e livre circulação de cidadãos entre os países que dele fazem parte – desde 26 de março de 1995. Os portugueses aderiram ainda à moeda única em 1999, mas só em 2002 é que o Euro entrou em circulação.

A União Europeia é identificada através de alguns símbolos, o mais conhecido é o da bandeira com o círculo das 12 estrelas em fundo azul – que representa a solidariedade, unidade e harmonia entre os europeus. O 12 não está associado ao número de países que constituem esta união, simboliza antes a perfeição e a unidade.

O “Hino à Alegria” é outro dos símbolos que representam a União Europeia. Foi composto por Ludwig Van Beethoven e é uma parte da Nona Sinfonia do compositor para o poema de Friedrich Schiller com o mesmo nome. Inicialmente, o hino era apenas associado ao Conselho Europeu, mas a União Europeia fez também dele um dos seus símbolos.

O “Hino à Alegria” não tem letra, o que pode indicar uma escolha propositada para um dos símbolos da UE. Devido às várias línguas dos Estados-membros, a melodia permite que seja lida e tocada de igual forma, sem recurso a um idioma. Este hino simboliza ainda a paz e a liberdade entre os povos da Europa.

Pode ler-se no site oficial da União Europeia que “por ocasião deste aniversário, é com orgulho que a Europa olha para o passado e com esperança que encara o futuro”. “Faz 60 anos que criámos uma União que promove a cooperação pacífica e o respeito pela dignidade humana, a liberdade, a democracia, a igualdade e a solidariedade entre nações e povos europeus. Cabe-nos agora a nós projetar um futuro comum e melhor para a Europa”, refere a mesma fonte.

Artigo editado por Rita Neves Costa