O passeio pelas capelas desaparecidas do centro histórico da Porto teve início no Largo de São Domingos. A iniciativa faz parte dos percursos culturais a pé, organizados pelo pelouro da Cultura da Câmara Municipal do Porto (CMP), desde 2015.

A descoberta pelos percursos culturais portuenses não é nova para alguns, mas foi a primeira vez que se partiu em busca das capelas da cidade, algumas delas abandonadas ou demolidas. Esta quarta-feira, ao início da tarde, fizeram o percurso cerca de 20 pessoas e quase todas se conheciam, incluindo o guia do grupo.

A atividade durou aproximadamente três horas, sendo que o grupo teve a oportunidade de entrar apenas numa das capelas incluídas no percurso, a Capela de Nossa Senhora de Agosto, na Batalha. Como esta, mantêm-se de pé a Capela de São Salvador do Mundo, em Mouzinho da Silveira, e da Nossa Senhora do Ó, na Ribeira. As capelas dos Mosteiros e Conventos e dos Três Reis Magos, ambas entre São Bento e a Praça da Liberdade, foram outros locais de passagem.

Todos os trimestres é divulgado um programa com novos percursos. A organização cabe aos técnicos dos diferentes serviços da Cultura da CMP.

Manuel Araújo, técnico da Casa do Infante e guia deste percurso, escolheu as capelas e o percurso. A ideia, contou ao JPN, é que “as pessoas, nos lugares, sentissem ou vissem essas mesmas capelas que já não existem”.

O técnico considera importante este tipo de iniciativas por ser uma forma dos “portuenses irem descobrindo um bocadinho mais sobre a história da cidade de uma forma tranquila, diferente e lúdica”, acrescentando ainda que o espírito que se cria entre os participantes “é quase familiar”.

Artigo editado por Filipa Silva