O projeto chama-se “Extremely Together” e tem como objetivo principal a prevenção do terrorismo. Reúne dez jovens, alguns deles vítimas de episódios terroristas, outros fundadores de organizações nacionais a favor dos direitos humanos, outros apenas defensores da paz, para ajudar “jovens que querem tomar medidas contra o extremismo violento de todos os tipos”, lê-se no site do guia.

A apresentação do projeto decorreu na terça-feira e esteve a cargo do comissário responsável pela Cooperação Internacional e Desenvolvimento, Neven Mimica, e do ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan.

O projeto “Extremely Together” tem dez capítulos, cada um elaborado por um dos dez jovens, e distribuem-se por três subtemas: “O que é necessário”, “O que é que eu posso fazer” e “Possíveis soluções”. Bjorn Ihler, que sobreviveu ao ataque de Anders Breivik na ilha de Atoya, na Noruega, apresenta, a título de exemplo, dicas para promover uma campanha de sucesso contra o terrorismo.

Com o guia de contraterrorismo, os participantes têm a esperança de ajudar 1,8 mil milhões de jovens na construção de um futuro livre de extremismo violento, enraizado em valores partilhados, e de um compromisso de cooperação e tolerância. Para isso, os jovens partilham as suas ideias através de diferenças de nacionalidade, religião, género, política e formação profissional.

Esta é uma iniciativa da Fundação Kofi Annan, que tem como objetivo mobilizar as pessoas que estão em posição de influenciar e liderar os problemas mais urgentes do mundo, neste caso os jovens, que segundo a fundação, fazem parte do grupo etário que mais adere a grupos extremistas violentos.

“Extremely Together” espera inspirar os jovens de todo o mundo a fazerem uma diferença positiva. “Trabalhamos juntos para ajudar os jovens nas suas lutas, para resistir ao extremismo de todos os tipos, promover a paz e a segurança local e regionalmente, e fazer as suas vozes ouvirem-se nos principais meios de comunicação”, como se lê no site do guia.

Artigo editado por Filipa Silva