O Boavista perdeu, este sábado, com o Rio Ave, por uma bola a zero, no Bessa. Depois de um jogo bastante equilibrado, o jovem Traoré, emprestado pelo Mónaco, marcou o golo da vitória vilacondense.

Com esta vitória o Rio Ave posiciona-se no sétimo lugar, apontando ao sexto – onde está o Marítimo -, lugar que dá acesso às pré-eliminatórias da Liga Europa. O Boavista perde três pontos na luta por uma posição europeia.

Luta a meio-campo sem efeitos nas balizas

As equipas apresentaram-se com os onzes habituais, sendo que o Rio Ave não podia contar com Marcelo nem com Héldon, que foi expluso na jornada anterior.

O Boavista entrou melhor na partida, tendo mais posse de bola e conseguindo roubar o esférico ainda no meio-campo ofensivo, muito por força da pressão exercida por Fábio Espinho e por Anderson Carvalho. Logo aos três minutos, Renato Santos aproveitou uma bola perdida para disferir um remate que passou perto da baliza de Cássio.

O Rio Ave aproveitava as saídas em contra-ataque para criar perigo e aos 6′ Rúben Ribeiro, em boa posição, foi desarmado na altura certa por Edu Machado. O defesa jogou nos axadrezados na época transata e os adeptos da casa fizeram-no notar.

Dois minutos depois, foi a vez de Bulos colocar-se em boa posição. Uma receção deficiente da bola fez perdeu-se uma grande oportunidade para o Boavista. O mesmo Bulos caiu na área aos 19′ mas João Pinheiro não atendeu aos pedidos de grande penalidade. Aos 21′ o Boavista teve a sua melhor oportunidade de golo. Iuri Medeiros entortou um adversário e cruzou rasteiro para um corte fundamental da defesa do Rio Ave a manter o nulo no marcador.

O Rio Ave estava a crescer na partida, tendo mais bola e organizando melhor o seu jogo, com Krovinovic em destaque, a ser o criativo da equipa. O médio croata, aos 27 minutos, obriga Vagner a uma boa defesa, opondo-se, também, à recarga de Guedes.

Antes do intervalo, Iuri e Rafa disputaram uma bola e o extremo do Boavista caiu, voltando-se a pedir penálti no Bessa mas o árbitro da partida considerou não haver falta do lateral emprestado pelo FC Porto ao Rio Ave.

Traoré teve mais “cabeça”

Ao intervalo os papéis inverteram-se e coube ao Rio Ave entrar melhor. Contudo, o primeiro lance de perigo do segundo tempo pertence ao Boavista, que, aos 48 minutos, não conseguiu aproveitar uma saída em falso de Cássio demorando a rematar para a baliza desprotegida. Valeu, também, a rápida reação da defesa do Rio Ave.

O jogo manteve-se equilibrado, tal como na primeira parte, não havendo muitas situações claras de golo. Aos 57′ Gil Dias cruzou mas ninguém apareceu para a emenda e aos 75′ Rafa Soares subiu pela esquerda, entrou na área, e acabou por acertar no poste, com um desvio de Vagner.

Na sequência do canto, o Rio Ave inaugurou o marcador. Adama Traoré tinha entrado aos 74′ e aos 76′ cabeceou para o fundo das redes axadrezadas, animando a parte final do jogo. Foi apenas o segundo jogo oficial do médio francês com a camisola do Rio Ave.

Até ao final, o Boavista arriscou mais na procura do empate, muitas vezes sem tomar as melhores decisões. Iuri teve dois remates ao lado mas pouco mais que isso. Do lado do Rio Ave, destaque para Gonçalo Paciência que por duas vezes, aos 85′ e aos 87′, desperdiçou o 2-0 na cara de Vagner. Aos 91′ o Boavista pediu penálti pela terceira vez na partida, por um alegado derrube de Cássio a Schembri.

A vitória do Rio Ave estava consumada, assim como o sétimo lugar, a dois pontos, à condição, da zona europeia.

“O futuro é o próximo jogo”

 Apesar de reconhecer alguma falta de “traquejo” por parte dos jogadores, o treinador do Boavista mostrou-se satisfeito com a equipa.

Miguel Leal disse que foi um “excelente espetáculo” de futebol e que se deve “tirar o chapéu” aos jogadores pois “têm sido inexcedíveis”.

O treinador salientou que é preciso “continuar a trabalhar no crescimento sustentável” do clube, mas elogia o campeonato que a equipa tem feito: “A pantera continua a rugir com calma e tranquilidade e lá vamos andando passo a passo”.

“Um jogo para mais golos”

Luís Castro elogiou a equipa a nível defensivo, mas admitiu que “ofensivamente podia ter ido além do golo marcado”. “O resultado para este jogo podia ser um 4-2 a nosso favor, era claramente um jogo para mais golos”, afirma.

Depois do jogo num estádio em que o treinador confessa ser “muito difícil alcançar pontos”, Luís Castro mostrou-se satisfeito com a qualidade ao longo da partida.

Com os três pontos da vitória, o treinador do Rio Ave vê a equipa mais próxima do seu objetivo: “os três pontos, neste momento, eram importantes para nós. As equipas a partir do 10º lugar, estão todas muito juntas”, rematou.

Artigo editado por Filipa Silva