É uma referência no ensino artístico especializado em música. Já formou alguns nomes incontornáveis da cultura portuguesa. O Conservatório do Porto está a festejar os 100 anos.

Nos corredores desta escola não faltam música e instrumentos. O Conservatório de Música do Porto (CMP) dobra o século de vida em 2017 e continua a ser considerada uma referência no ensino artístico especializado de música. Foi agraciado em 1992 com a Medalha de Mérito Cultural Grau Ouro da Cidade do Porto, tendo também recebido vários prémios além-fronteiras.

Por ano são admitidos uma média de 150 jovens. Cada um tem de realizar provas de aferição, adaptadas ao nível etário e de ensino em questão, antes de ser admitido. Ao todo, o CMP contabiliza 1100 alunos, 180 professores e cerca de 19 funcionários, além de assistentes operacionais e técnicos. Já recebeu nomes de relevo da música portuguesa, como Pedro Burmester, António Pinho Vargas ou Pedro Abrunhosa.

Da sua história faz parte as origens da Orquestra Sinfónica do Porto, que começou por ser a Orquestra do Conservatório do Porto. Do seu património estão integrados os espólios de Guilhermina Suggia, violoncelista, e de Nicolau Medina Ribas, violinista e compositor. Ao longo dos cem anos de existência, o Conservatório ocupou três casas. Foi criado pela Câmara Municipal do Porto em 1917 e está sob alçada do Ministério da Educação desde os anos setenta. Atualmente funciona na ala poente da Escola Secundária Rodrigues de Freitas.

Estão previstos mais de 100 eventos para assinalar o primeiro centenário do CMP. O programa  das celebrações iniciou em dezembro do ano passado e estende-se até ao final deste ano.

Artigo editado por Rita Neves Costa