São já 138 casos confirmados de hepatite A. Francisco George, da Direção-Geral da Saúde (DGS), reuniu esta terça-feira com a diretora geral de saúde espanhola Elena Andrades. As principais preocupações dos responsáveis da DGS portuguesa e espanhola recaem nos festivais de Verão, que reúnem um aumento de práticas sexuais com más condições de saneamento, potenciando a transmissão do vírus.
O que dizem os diretores dos festivais?
No caso particular do NOS Primavera Sound, o diretor não vê razão para preocupações. Garante que as condições de higiene estão asseguradas “por defeito”, já que as casas de banho do festival estão ligadas a redes de saneamento e têm limpeza permanente. “Não havendo campismo”, acrescenta, “as práticas sexuais são as comuns e esse género de preocupação não se coloca.”
Não é o caso do Vodafone Paredes de Coura, no qual os festivaleiros acampam no recinto. João Carvalho, diretor do festival, concorda que é “normal essas preocupações existirem”. O responsável pelo festival diz que já estava planeado um investimento nas redes de saneamento dos balneários e casas de banho, bem como no acesso a água potável antes de qualquer notícia sobre o surto de hepatite A. Mas não descarta a hipótese de “reunir com as entidades competentes” em caso de necessidade.
A DGS só vai dar o surto de hepatite A como controlado depois de 50 dias sem registo de novos casos.
Artigo editado por Filipa Silva