Favorecer a inclusão social através da dança, sons e movimento. O programa "Ao Alcance de Todos" da Casa da Música já arrancou e vai prolongar-se até ao final da semana.

A décima edição do festival “Ao Alcance de Todos” arrancou esta segunda-feira. O certame integra concertos, workshops, projetos, formações, conferências e documentários.

O tema comum a todas as propostas é a inclusão. Assim, ao longo de quatro dias, a Casa da Música apresenta a possibilidade de assistir e participar em atividades que estimulam os diferentes sentidos e põem à prova os participantes.

“É um festival dedicado àqueles que têm menos oportunidades, aqueles que muitas vezes não são incluídos na programação das casas de espetáculos e das instituições culturais”, explicou Jorge Prendas, responsável pelo Serviço Educativo da Casa Da Música, numa entrevista concedida ao JPN em março.

Terça-feira termina com “Aurora”

Dança, noção do espaço e movimento é o que propõe o workshop “Nem Ata, Nem Dançata” que decorreu segunda e terça-feira. Música com o corpo é a proposta de um outro workshop, “Britsounds”, que decorre em simultâneo no período da manhã.

Na parte da tarde, “Nós em Casa” propõe compor a banda sonora para um conto e assim estabelecer uma relação entre a voz, o corpo, o espaço e o texto falado.

O dia termina com o concerto “Aurora” que resulta numa reflexão sobre a diversidade humana e a necessidade de todos terem iguais oportunidades de expressão. Daí contar com a parceria, entre outras, da Associação Nova Aurora que trabalha com pessoas com doença mental grave. Este concerto repete quarta-feira. Ambos são exibidos às 19h30.

Ainda na quarta-feira, é exibido o documentário “Gulag” (15h30), um registo de um espetáculo que representa um “grito” contra a exclusão e que fez parte da edição do ano passado do festival.

Há ainda um concerto guardado para 21 de abril. Com direção artística de Marco Paiva, direção musical de Digitópia Collective e interpretação do Crinabel Teatro, “Guia Prático para Artistas Ocupados” promove, em conjunto com o público, um exercício prático ao explorar as diferentes formas de narrativa.

As entradas variam entre os 2,5 euros e os 7,5 euros e há ainda entrada gratuita para a formação participativa “Nós em Casa” e para ver o documentário “Gulag”.

Artigo editado por Filipa Silva